26 de agosto de 2008

Pataquadas olímpicas atrasadas

Essa última semana de Olimpíadas foi completamente estafante e eu infelizmente não tive forças para postar tudo o que queria. Tentando então tirar o atraso, vamos a um pacotão de pataquadas que eu vi, mas não pude colocar aqui.

Ouro - Galvão Bueno

Ele, claro. Juro que até um tempo atrás eu achava que as pessoas pegavam muito no pé do Galvão, que, apesar de algumas cagadas, nosso narrador-mor era injultiçado e tal. Bom, aviso que depois de Pequim-2008 eu mudei completamente de idéia.

Além de vários deslizes que eu já citei em outros posts, foi extremanente irritante perceber que o Galvão sequer se dá ao trabalho de dar um Google a respeito dos jogos e personagens sobre os
quais ele irá falar na próxima transmissão.

Por exemplo: na decisão do bronze no vôlei de praia masculino, ele simplesmente ficou o tempo inteirinho falando que os brasileiros naturalizados georgianos que enfrentavam o Ricardo e Emanuel jamais tinha ido ao novo país. Mentira. Eu mesma fiz uma reportagem na qual eles contavam toda a história deles.

Para piorar, sr. Galvão ainda queria dar uma de defensor da pátria e ficou metade do tempo criticando o Renatão e o Jorge (que competem com o singelo nome de Geor/Gia) a respeito da decisão deles, que isso era errado, não se devia fazer e tal. Só que o Galvão simplesmente ignora que, se não fosse por isso, uma dupla com a capacidade de chegar a uma semifinal olímpica jamais estaria ainda no esporte, (modo ironia on)visto que nosso país é um oásis de patrocínio e apoio aos atletas...(modo ironia off)

No mesmo jogo, vencido pelo Ricardo e Emanuel, Galvão e a comentarista e ex-atleta Jackie Silva ficaram a outra metade do tempo insinuando que os dois eram que deveriam estar na final, de certa forma desmerecendo o Fábio e o Márcio Luiz, algo que também havia ocorrido quando as duas duplas jogaram na semifinal. Como se não bastasse, no final do jogo, ele ainda ficou o tempo todo insistiando que o Ricardo e o Emanuel iriam se aposentar ("Pode ser o último lance dessa maravilhosa dupla, aproveite"), algo prontamente desmentido por ambos quando foram
entrevistados.

E tem mais: Galvão conseguiu ser ainda mais tosco na decisão do vôlei feminino, jogo no qual confesso fiz questão de ver pela Globo só para ouvir as besteiras dele. Primeiro, ele ficou insistindo o tempo todo que o Zé Roberto era técnico da seleção há oito anos, algo que qualquer
criança com acesso ao Google sabe que não é verdade: o Zé assumiu em 2003.

Quem deveria estar lá para corrigir e pensava-se ter capacidade técnica para isso, também decepcionou: candidato ao posto de pior comentarista das Olimpíadas, Tande além de concordar,
soltou uma pérola na qual dizia que a Mari tinha deixado de ser oposto para virar ponteira apenas um torneio antes das Olimpíadas, o Grand Prix 2008.

Ok, é completamente aceitável que 99,9% da população ignore esta informação, mas quem é do meio e deveria acompanhar vôlei sabe que, há pelo menos três anos, o Zé Roberto começou a mudá-la de posição, fazendo a virar ponteira - tanto que o passe dele, apesar de horrendo na final olímpica, apresentou uma sensacional evolução desde então. Ou então eu estou ficando
louca e passo dados errados para os leitores da GE há uns bons meses sem meu chefe descobrir.

Engana-se, porém, quem pensa que terminou: todo pimpão porque a excelente Natália Falavigna
(cujo embarque foi feito por um único veículo. Adivinhe qual...) tinha conquistado o bronze minutos antes, Galvão conseguiu estabelecer todas as pronúncias possíveis e imagináveis para o FA-LA-VI-NHA.

Mas ele se superou mesmo quando soltou um sonoro: "a nossa lutadora DANIELA FLAVINHA". Doeu, ainda mais por pensar que ele ganha em um mês o que eu vou ter que me esforçar muito , se é que vou conseguir, para conquistar na minha vida inteira.

Uma pena que a idéia de fazer uma campanha nacional para pagar a bala com a qual o governo chinês o mataria só me surgiu agora...

Prata

Depois das Olimpíadas de Pequim, uma prova que eu adoraria assistir in loco no meu projeto London-2012 é o salto com vara. Além de acompanhar de perto o 158º recorde mundial da Yelena Gadschiyevna Isinbayeva, em russo Елена Исинбаева, é sensacional ver os losers da modalidade, visto que seus vexames são bem mais engraçados.

Em Pequim, por exemplo, o brasileiro Fabio da Silva e o argentino German Chiaraviglio conseguiram a proeza de sequer conseguir pular. O representante tupiniquim, por sua vez, perdeu a concentração e passou direto pela vara, enfiando a cara no colchão de proteção que deveria estar lá para amortecer a queda daqueles que conseguem pular.

Mas, sem querer ficar atrás, o argentino foi lá e se superou, conseguindo um salto de uns 70 centímetros e se esborrachando logo depois. Só vou perdoá-lo porque ele é bem ajeitadinho, ao contrário do brasileiro vade-retro.

Uma pena que eu não tenha achado esses vídeos em nenhum lugar - se bem que eu vi a cena na ESPN Brasil... será que não tem esse arquivo lá, Fábio?. A do argentino passou no top five do CQC ontem, com direito ao brilhante comentário: "O argentino não encaixou a vara!".

Bronze

Olimpíada é o momento da superação, já diz o clichê. Mas, como tudo nesse mundo, há limites. Ou o que dizer do nosso amigo que, de tanto, esforço, resolveu dar uma comida para os peixes depois da prova do C-1 500m da canoagem?

(Que Phelps, que nada! A foto dos jogos é esta!)

Menções honrosas (adotando um formato que eu deveria ter adotado desde o começo dos Jogos):

+ Piada infame que eu não posso deixar de fazer: será que o Zé Roberto vai agora lançar o livro "Transformando Amarelada em Ouro?"

+ Essa eu só fiquei sabendo depois e me lamento muito por não ter acompanhado. Dizem que o tal do Doutor Osmar, da Band, teve a proeza de declarar vitória do Brasil e chamar os reclames assim que o Brasil marcou o 15º ponto nô primeiro set da estréia do vôlei feminino em Pequim. Acho que o último jogo que esse viu foi em Barcelona-1992...

+ O que dizer do cubano taekwondista (viciei nesta palavra) que meteu um chute na cara do juiz na disputa pelo bronze da categoria até 80kg? Certíssimo. Chega de discursos politicamente corretos no esporte, "onde o importante é competir" e "Londres, que assim como a África do Sul é logo ali, a gente tenta de novo. E o comandante concorda. Mas, por outro lado, não posso deixar de observar: eta povinho encrenqueiro esse de Cuba....

+ Nos saltos ornamentais, nosso gloriosos atletas que são ouro na modalidade "fui mais uma vez passear com o dinheiro do contribuinte" conseguiram pipocar em mais uma oportunidade. O melhor mesmo foi a Juliana Veloso, que tinha tudo para avançar às semifinais, mas conseguiu fazer um salto pior do que eu faria e ficou na zona do rebaixamento. Depois, se justitifou dizendo que tem medo de altura (!!!!!). Tamo bem de atleta...

+ Semana passada, o Lance descobriu qual o segredo da dupla Walsh e May: sempre que vai jogar, a May espalha um pouco de cinzas da mãe (!!!) pela quadra. Pode-se dizer que é uma terceira jogadora? Que proporcionaria o famoso "ponto espírita"? Mais: seria uma forma de doping? Outra: você aceitaria entrar em quadra?

23 de agosto de 2008

Amarelo de ouro


Como já disse Fábio Seixas, da Folha, sumiços no blog significam ou que o dono está de férias ou que ele está trabalhando mais que remandor viking. Obviamente, o meu caso é o segundo.

Hoje eu trabalhei igual a uma presidiária na Sibéria durante o regime Stalin. Mas acho que nunca fiz uma nota com tanto gosto como esta aqui. Antes mesmo do jogo, ela já estava quase que totalmente preparada. Não, não foi nem uma questão de petulância, mas sim a consciência de que eu não conseguiria escrever muitas linhas decentes durante a final.

Olha, se eu não enfartei hoje, eu não enfarto nunca mais. Nunca pensei que um jogo de vôlei seria aquele que me deixaria mais feliz na vida. Doze horas depois do início da partida contra os Estados Unidos, eu ainda estou pilhada, revendo os VTs na TV a cabo. Quase chorei quando a Tom jogou aquela bola para fora.

Nos últimos quatro anos, eu fui uma daquelas que fiquei com extremo ódio das falhas nos momentos decisivos. Mas, a partir do momento em que fui trabalhar diretamente com vôlei na GE.Net, mais ou menos em 2005, e passei a acompanhar mais de perto a trajetória dessas jogadoras e do Zé Roberto.

Foram alguns desembarques complicados, muitos desabafos e um certo sentimento de admiração por tudo o que elas foram simplesmente massacradas nos últimos anos. Por isso, que hoje foi uma das poucas vezes em que eu mais torci do que trabalhei. Porque é muito bom ver uma conquista obtida através do merecimento.
OBS: Antes que o Fábio brigue comigo, digo que eu não me esqueci da Maurren. Sim, também acho uma história super bacana de superação e tal e depois de ler isso realmente acredito que ela não tenha se dopado de propósito. Mas eu realmente não fico tãããão empolgada assim com o ouro dela, até porque sempre a achei levemente mala (instável, na verdade: tem dia que está super legal e em outros uma tosca de marca maior). E o pior é que depois da conquista, ela ficou agradecendo o Galvão...

21 de agosto de 2008

Pataquadas olímpicas. Ah, a imprensa.

Voltando para dar o ouro das pataquadas de nem sei mais quando e também a tempo de defender o Cielo.

A pataquada que eu não consegui escrevi anteontem, simplesmente porque estva cansada demais para escrever qualquer coisa, é para a imprensa. Você quer cometer suicídio? E sem parecer que foi suicídio? Então, aqui vai a dica: infiltre-se no meio de um monte de repórteres, câmeras e fotógrafos enlouquecidos porque o cara que conquistou a medalha de ouro filha única do Brasil nas Olimpíadas está chegando em Cumbica.

É foda, porque foi se mata durante um ciclo olímpico inteiro para tentar estar bem preparada para conversar com os atletas, fazer uma análise mais ou menos realista e no final, por conta de um bando de imbecis, é taxada de "jornalista" do modo mais pejorativo possível. Tudo por conta de um bando de imbecis.
Voltando a Cumbica, quando eu cheguei lá na manhã de quinta-feira vi mais imprensa esperando o Cielo que (imagino) se o Bin Laden tivesse desembarcando. Com a experiência de já ter feito desembarques anteriores, já fico a distância suficiente para garantir minha integridade física e poder falar com os atletas depois, quando as TVs já pegaram seus 30 segundos necessários de aspas com o entrevistado.

A TV, aliás, é um caso a parte. Mal a pessoa aparece no saguão e ela já é atacada por dezenas de câmeras enlouquecidas, como se aquela fosse uma oportunidade única e exclusiva de se conversar - depois, o atleta vai sair correndo e enfiar a cabeça na primeira turbina de avião que aparecer, devem pensar. Ah, e tentem ficar com um centímetro na frente de um deles? Capaz de tomar um soco que vai te deixar em coma para o resto da vida. Sério.

Mas no caso do Cielo isso nem aconteceu, visto que a segurança do aeroporto se antecipou e, prevendo a zona, reservou uma sala em um restaurante para que ele conversasse calmamente com todos. Calmamente não passou de mera hipótese, devo dizer.

Isso porque quando o Cielo apareceu, totalmente zonzo pela viagem de 30 horas, fuso horário invertido e depois de comer uma comida decente escondido na cozinha do restaurante, todos zoaram nele, como se ele pudesse dar sua última declaração antes de morrer - e quem ouvisse primeiro, ficaria com o próximo prêmio da Mega Sena.

Isso tudo é patético, visto que o cara estava ali justamente para falar com todos. Ninguém conseguiu nada fodástico e nem comseguiria óbvio. Me apertei daqui, cavei um espaço ali e consegui ficar em um canto atrás da mesa de coletiva, que foi ficando cada vez mais cheia com a chegada da Gabriella Silva e do Kaio Marcio (que pegaram finais em Pequim, embora sem medalhas), além do Thiago Pereira - pausa para falar do constrangimento do cara, totalmente relegado ao 262o plano. Só uma pergunta foi dirigida a ele, que 15 dias atrás era o queridinho do Brasil. Em resumo, em um mês ele virou um bosta.

Aí, começa a coletiva. Como estava na hora do Globo Esporte, pediram para entrar ao vivo. Ok, ok, tudo bem. Uma pergunta sobre o avô que morreu e ele ficou sabendo só no Brasil, outra obre algo que não me lembro mais e pronto. No retorno, uma repórter toca no assunto do avô para dar até um enfoque interessante na história (se ele achava que influenciaria o resultado final. E o Cesar disse que sim) e a menina foi praticamente vaiada. Falta total de respeito.

Pergunta vai, pergunta vem, uma colocação imbecil sobre se ele tinha tirado o atraso dom mulheres (para que isso?) e, antes de um novo questionamento, quase sai uma briga na sala, com tanta gente querendo falar ao mesmo tempo. "Vamos parar com a assembléia aí", alguém da organização gritou. Tudo muito estressante, muito cansativo até para mim, que tinha dormido na noite anterior. Ah, e eu esqueci de dizer que o vôo dele havia atrasado em umas duas horas.

Na hora em que acabou e o Cielo tentou sair da sala parecia que aquela seria a última imagem em vida do cara. Vários fotógrafos e câmeras se jogaram em cima dele e quase quebraram tudo de novo literalmente. A toalha da mesa por pouco não foi ao chão. Até perguntei ao Pilatos, fotógrafo da GE e um dos poucos que não tinha se enfiado na muvuca, qual a utilidade daquilo, visto que não daria para aproveitar uma imagem daquele momento - e não deu mesmo ou eu não vi os jornais direito.

Um rápido pit stop para acrescentar também a história do pai da Fabiana Murer, que conversou
com a Marta, outra repórter da GE, no mesmo aeroporto, mas no dia seguinte: segundo ele, a Globo queria fazer o tal link para falar com o Galvão e, de tanta trabalheira que isso deu, ele sequer conseguir ver a prova. Sem contar que ele tinha preparado um café da manhã PARA A FAMÍLIA e os jornalistas atacaram a comida como se tivessem vivendo no meio da Somália há 30 anos. Sem nem pedir licença.

Voltando ao assunto Cielo, ainda não tinha acabado para ele. Tudo porque alguém teve a brilhante idéia de ele fazer uma carreata por São Paulo em cima de um carro de Bombeiros debaixo de um sol a pino. Eu questiono a utilidade dessas coisas porque ninguém fica feliz: nem o cara, que a essa altura estava morto de cansaço (e ainda eram 13h30), nem a imprensa que tem que trabalhar mais por uma coisa patética, nem as pessoas que são obrigadas a enfrentar um trânsito ainda mais congestionado porque uma medalhinha de ouro neste país é um feito histórico (imagina se os EUA e a China fizessem o mesmo? Coitado de quem visse sua casa pegando fogo em época de Olimpíada...).

Depois de tudo isso - e olha que eu nem fui ao Pinheiros, destino final do Cielo (momentos que você pode acompanhar no blog da Amanda, que também fez algo de muito ruim na encarnação passada para ser enviada a esta pauta), eu já estava extremamente cansada e puta da vida, ainda mais porque pegamos um trânsito considerável na volta, o que já está virando comum em São Paulo. É por isso que eu não condeno o Cielo nem dar tchauzinho para as vizinhas em Santa Bárbara: se fosse eu, já teria mandado todo mundo para aquele lugar muuuuittto antes.

É por isso também que eu cada vez fico mais triste de ser jornalista: porque quando nos xingam, muita gente está com toda a razão. Eu e muitos que conheço ainda tenatamos nos esforçar para fazer um trabalho bacana, mas de que tudo isso adianta se chega um idiota e fode tudo de uma vez?

Ainda é por isso que eu não torço para mais nenhuma medalha de ouro do Brasil nem nenhuma
bizarrice ao estilo vara sumida. Ok, vou dar uma força para os vôleis (chupa, Venturini!), mas só porque são 12 que chegam de uma vez.

Quer saber mais momentos vergonhosos da imprensa? Clique aqui e vá até o tópico "Top Five totalmente sem noção, do dia 20).

19 de agosto de 2008

Pataquadas olímpicas: a nova bandeira nacional

(criação do Othon, da GE.Net. Imprima e torça você também para o Brasil em Pequim!)

Prata e bronze: a seleção masculina de futebol. Recuso-me a dar ouro para aqueles panacas, comandados por um idiota maior.

Ouro: hoje eu tive pauta no aeroporto. É para tudo o ocorrido lá que eu dou ouro, com merecimento. Mas estou com preguiça de contar agora. Só posso adiantar que foi patético e que a Amanda sabe do que eu estou falando.

OBS: Com a derrota para os hermanos hoje, eu cravei 100% nas minhas apostas de amareladas. Não teve uma alma que sobreviveu ao meu palpite certeiro de queda (sentada ou não) - de resto, confesso que estava otimista demais e dei mais medalhas ao país do que efetivamente vamos ganhar. É, Brasil...

18 de agosto de 2008

Pataquadas olímpicas: não pára, não pára, não pára...


Antes de fazer um resumo do que houve de mais bizarro nas Olimpíadas nas últimas 48 horas, preciso compartilhar com todos que, depois de duas semanas seguidas sem folga e batendo ponto às sete horas da matina, o que implica pegar ônibus diariamente com toda a peãozada e bebuns pobres (de sábado e domingo) todos os trabalhadores e baladeiros com recursos econômicos insuficientes, você:

I - Perde a noção do tempo: de repente, percebe-se que é sexta, está passando o Globo Repórter e você poderia estar se divertindo por aí. Mas tanto faz, porque esse dia tem o mesmo valor de uma segunda-feira chuvosa com Hebe Camargo na TV. Fica tudo igual.

II - Começa a ter como maior sonho da vida uma manhã onde será possível dormir até o meio-dia.

E olha que pro povo in loco em Pequim a coisa está bem pior. Não é, Fábio?

Vamos às pataquadas:

Ouro - A organização do Ninho do Pássaro

Alguém aí pode me explicar como se perde uma vara de uns dois metros de altura? E é lógico que tinha de ser logo a vara da brasileira, né? Porque nunca na vida vão perder a vara da fodástica da Isinbaeva - aliás, se eu fosse o Galvão diria que foi a russa quem roubou com medo de encarar a Fabiana.

Falando em Isinbaeva, eu desconfio que ela fica errando de propósito até SEMPRE acertar a última tentativa e subir o recorde mundial.

E o Diego anda tão, mas tão azarado que isso foi acontecer apenas um dia depois de ele cair de bunda. Daí, já viu, né... abriu-se a nova temporada de piadas infames sobre as pseudo escolhas do cara.

Mas como diria a minha mãe: "Menos mal que a vara era da Fabiana. Imagine se fosse da Shana?"

Prata - Lucimara, do heptatlo (foto acima, que eu "tomei emprestada" da Gazeta Press)

Essa é do dia 15, mas vale a pena postar atrasada. É inacreditável como, em qualquer lugar da galáxia, você sempre vai encontrar uma brasileira de bunda de fora. Em Pequim, foi a Lucimara, do heptatlo, que sem a mínima chance de medalha, resolveu aparecer de outra formaem Pequim. Pior que eu, como mulher, só consigo notar as celulites.

Bronze - Caindo do cavalo

Tem dia que tudo dá errado. O domingo chinês foi um dia destes, pelo menos com relação ao Brasil. Não bastasse a eliminação da Larissa e Ana Paula, da derrota no handebol, da flexãozinha da Jade e da queda do Diego, nós ainda caímos literalmente do cavalo. Foi com o Pedro Veniss, uma pataquada digna de nos tirar da final por equipes de saltos do hipismo, onde éramos favoritos ao pódio depois de quase zerarmos o percurso na sexta, quando a prova não valia quase nada. E depois ainda reclamava da refugada do grande Baloubet!

Pior: como ninguém fez um vídeo deste momento?

Menções honrosas

- E dizem que a premiação da maratona feminina quase sofreu com um pequeno impacto neste domingo. Lembram do Mario Raña, o mexicano do "ooooooiiiiiii" no Pan? Então, ele estava entregando as medalhas em Pequim, quando um martelo (do arremesso de martelo) caiu apenas três metros do pódio montado. Com a experiência de quem viu in loco esse acontecimento aqui, posso dizer que não teria sido muito legal....

- Sem comentários sobre este loser aqui - algo parecido, aliás, com o que aprontou o César Castro. Pior é pensar que quatro anos atrás, ele fez algo pior: perdeu o ouro porque mirou e acertou o alvo do adversário. O que, convenhamos, deve ser bem mais difícil...

- Sábado à noite eu estava em casa sem fazer nada quando começou a passar Zona Total. Como ninguém merece aquilo, fui trocando de canal até descobrir que a Band estava transmitindo ao vivo o jogo de handebol feminino Brasil x Suécia. E com o Sílvio Luiz! Gente, se você querem ver um verdadeiro humorístico, sintonize uma partida com a Shana narrada por ele: você verá um novo recorde de trocadilhos com o nome da goleira por minuto. Na ocasião, ele estava especialmente preocupado com a qualidade (técnica?) da Shana e com as fivelinhas que ela usava.

- Estou começando a achar que, na Globo, você ganha uma comissão quando consegue fazer um atleta chorar ao vivo (a Jade, por motivo óbvios, não vale mais). Hoje, depois que a Fabiana se estabanou no salto com vara, o Renato Ribeiro estava até conseguindo arrancar umas declarações legais dela (que chegou a dizer "porcaria" ao vivo, com um risinho de "Ei, eu falo palavrão na TV").

Mas nada de ela se entregar, apesar de estar putada vida com o que houve. Então, depois de duas perguntas qualquer que foram antecedidas dos famosos "Hãããã... huuuum...é...", ele deu o golpe de misericórdia: "Seus pais estão ao vivo de sua casa. Fale com eles sobre esse momento!". Pronto, engordou o salário.

- Momentos antes, quando ela tinha cabado de perder, a SporTv me tira o final do jogo de praia dos brasileiros Márcio e Fábio, que valia vaga na semifinal, para passar os pais da Murer com cara de bestas olhando a TV. Justamente por isso, perderam os pontos finais.

- Para finalizar, eu sabia que aquele negócio chique da Globo, onde o âncora toca a tela para trocar as informações ao vivo ia dar merda. A vítima foi a Milena Ceribelli, que estava buscando informações sobre as meninas que ganharam o bronze na classe 470 da vela, outra aposta certeira de Carolina Canossa (viu Trotta?). Ela apertava, apertava e nada. Faltou aparecer a janela "este programa executou uma operação ilegal". Teve que terminar falando qualquer bobagem porque o sistema não voltou mesmo.

17 de agosto de 2008

Pataquadas, edição extraordinária

Só uma coisa a dizer: eu tenho medo do meu lado Mãe Dinah.

(Flávio Florido/UOL)

Sério: por que o Brasil é assim?

16 de agosto de 2008

Pataquadas olímpicas: É ouro, Brasil. Ou não.

Exatamente uma semana após a abertura das Olimpíadas de Pequim, o Brasil conquistou sua primeira medalha de ouro na China. Confesso que eu não acreditava: tanto, que no meu bolão individual e particular, eu dei bronze para o Cielo nesta prova. Não imaginava que ele pudesse chegar tão longe agora.

Mas torci (e muito) para ele, apesar de o sono ter me feito achar que o Cesar estava na raia de cima. Tanto que só me toquei que ele tinha ganhado no quando a banderinha do Brasil apareceu e o Galvão passou a gritar loucamente, chamando a dona Olga, avó do Cielo, direto de Santa Barbára do Oeste. E ela nem tchuns para ele.

Feita a introdução, vamos às pataquadas:

Ouro - Rede Globo

Qual foi a primeira coisa que você pensou quando o Cielo ganhou a medalha? "Chupa, Rede Globo" foi o meu caso. Sim, porque foi bem-feito para a Venus Platinada, que mal olhou na cara do rapaz desde o último Pan, onde ele "só" ganhou dois ouros individuais. Agora, os caras estão querendo correr atrás do prejuízo e eu não aguento mais ver o "nosso novo herói olímpico" no canal 5 e no SporTv - a prova já foi reprisada tantas vezes que na soma das distâncias, o coitado já deve ter percorrido metade do caminho de volta para o Brasil...

O mais irritante é que eles abusam da máxima brilhantemente constatada pelo Flavio Gomes: "Quando o brasileiro ganha, somos nós que ganhamos. Quando perde, foi ele sozinho quem perdeu". Sim, por que cadê o Thiago Pereira agora? Foi jogado no limbo dos fracassados. Eu adoro zoar com os atletas brasileiros que perdem, mas não posso deixar de reconhecer que você pegar quarto lugar em uma Olimpíada, competindo na mesma prova que o Michael Phelps, não é pouca coisa.

Triste é ver que já tem um moooonte de gente xingando o cara. Em outras palavras: conseguiram queimar a fita dele. Certo, eu sei que ele poderia ter se exposto menos, mas a situação de atleta no Brasil é tão complicada que o Thiago tinha mais era que aproveitar a chance de aparecer e angariar uns patrocínios.

Triste também é ver que o Comitê Olímpico do Brasil e a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) vão querer nos convencer que eles foram uma parte super importante na conquista do Cielo. Não são. A conquista é do próprio Cesar e dos pais dele, que apoiaram a ida para os Estados Unidos três anos atrás. E o senhor "Cielo pai" já tinha deixado isso bem claro depois do bronze.

Detalhe: não arrumaram sequer ingressos para a família do Cesar entrar no Cubo D'água - quem quebrou esse galho, foi a Globo, em uma atitude bacana. Ah, e ao contrário da Jade, ele tem todo o motivo do mundo em abrir o berreiro. Para o bem e para o mal.

Prata - Galvão Bueno

Ele se supera a cada dia. E eu adoro. Tanto que fiz questão de ver a prova do Cielo com a narração dele só para dar muita risada. Mas qual não foi minha surpresa quando grande cagada dele veio antes.

Pouco antes da final dos 50m livre, houve a prova na qual o Michael Phelps tentaria o sétimo ouro em Pequim, os 100m borboleta. E o Galvão secando o cara o tempo inteiro. Começou a prova e o norte-americano foi ficando para trás, para trás...

Nos últimos 50m, ele estava muito longe do líder, mas começou a se recuperar. A impressão que se tinha, porém, é que não ia dar. Então, o Galvão deve um orgasmo. Literalmente berrando no microfone, ele começou: "PERDEU, PERDEU, PERDEU, PERDEU, PERDEU!".

Mas no segundo seguinte apareceu a bandeirinha dos Estados Unidos com o nome dele, indicando o contrário. E o Galvão, pouco volúvel em suas opiniões: "NÃO! GANHOU, GANHOU, GANHOU...MMMMMMMMMMMMMMMIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIICHHHHHHHHHHHHH
HHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHAAAAAAAAAAAAAAAAAAAEEEEEEEEEEEEEEEEEEEELLLLLLLLLLLLL PHELPS, UM GÊNIO".

Bronze - Doping

Eu amo acompanhar casos de doping, porque eles sempre são histórias cabeludíssimas. Muitas vezes, entretanto, beiram o bizarro e eu nem estou falando da Rebeca Gusmão, vulgo Rebecão.

Como era de se esperar, Pequim-2008 também tem os seus espertinhos. Ou não. Nesta sexta, o omitê Olimpíco Internacional (COI) anunciou que a ginasta vietnamita Thi Ngan Thuong. Até aí, morreu Neves.

Mas aí você vai olhar o resultado dela: 82ª e última no solo e 80ª no salto. Ou seja, compete dopada e vai mal para cacete. É o cúmulo do loser.

Menções honrosas

Falando em doping, é preciso fazer uns exames no tal do Usain Bolt, que ganhou os 100m rasos. Como assim o cara chega tranquilão e fica dançando antes da prova, onde dispara daquele jeito? Todo mundo se matando e ele dá até uma batidinha no peito como quem diz "eu sou foda" faltando uns 20 metros para o final? Faltou virar de costas e dizer "Chupem todos"... Detalhe: os 100m nem são a especialidade dele.

Falando em atletismo, não posso deixar de mencionar o Jadel Gregório, que convida um técnico do Brasil, que treinou o João do Pulo e despreza o cara na China. Vai ser marrento assim na China. Depois, perde a medalha e sai falando que Deus é ruim. Se amarelar, eu já digo: foi bem feito.

Bom e a cada dia mais estou chegando à constatação que nem todo amarelão é brasileiro. Pára tudo, o que foram aqueles russos perdendo quatro match points para eliminar o Ricardo e o Emanuel (que são uns fofos)? Melhor para o Brasil, mas que ficou feio para eles, ah, ficou...

Encerrando, foi espetacular a Ana Moser entrando para comentar a programação da ESPN Brasil: "Olá amigos do SporTV, ops, da ESPN Brasil...". E, para ficar no mesmo canal, foi difícil ouvir o João Palomino dizendo que "não deviam deixar o Phelps disputar tantas provas". Ainda bem que a moça que dividia a bancada com ele (esqueci o nome dela), teve um pouco de bom senso e praticamente mandou o cara calar a boca.

15 de agosto de 2008

Pataquadas olímpicas... cadê o ouro?

Juro que eu já tentei ser atleta. Quando eu era pequena criança, eu adorava Educação Física, jogar bola na rua e tal. Daí, eu entrei no ginásio e minha carreira de esportista foi ao auge, com a convocação para a seleção de vôlei do EEPSG Pedra de Carvalho, uma escola com uma suuuper boa reputação no ABC Paulista.

Era levantadora, mas um acidente em um treino me fez deslocar os dois pulsos de uma vez e, cortada do torneio interclasses, eu decidi mudar os rumos da minha vida. Possivelmente, se tivesse seguido naquele caminho eu seria a substituta da Fofão a partir do ano que vem (nota da redação: isso não significa MESMO que eu jogava bem).

Mas quem disse que eu, uma jornalista sedentária que largou a academia depois de dois meses, não faço esporte? Claro que faço! Vá participar de uma cobertura olímpica para ver o quanto a gente se mata.

Hoje mesmo eu fiz o revezamento de cinco modalidades diferentes para escrever ao mesmo tempo com obstáculos: a Internet lenta. Porque é claro que, se você trabalhasse com informática,
deixaria para trocar o servidor de um site esportivo bem durante o evento mais importante dos últimos quatro anos. Óbvio, né?

Vamos a mais pataquadas olímpicas:

Ouro - O pesista do Brasil, il, il.

Volta e meia eu esqueço de postar um momento bizarro por aqui. Foi o que ocorreu neste caso. Mesmo assim, resolvi dar um ouro atrasado para o Welisson Silva, que quase cometeu um suicídio involuntário - fiquei com dó, pois sabemos ele nunca vai ganhar nada de importante na modalidade . Agora, pelo menos, já não vai mais morrer sem um mísero título sequer. Agora, sobre a importância, ele que se vire...

Alguém pode até falar: "Puxa, mas foi um acidente, se ele tivesse mais condições de treino e tal...". Não me convence: primeiro, porque deixar acontecer DUAS VEZES é burrice (a outra foi no Pan-2003, onde ele teve que ir para o hospital). Segundo porque existem mais pesistas losers como ele que não passam esse vexame.

Só não sei o que é melhor: as fotos ou a declaração do técnico dele ("Infelizmente, o que vai sair amanhã nos jornais é: 'Welisson cai de bunda no chão'"). Ué, mas não caiu mesmo?


Prata - Hugo Hoyama, o eterno

Sabe uma coisa que eu não suporto em atleta? Indecisão sobre quando vai se aposentar. O exemplo mais claro disto é o nosso querido Oscar Schimidt, que ficou mais ou menos desde 1989 até 1996 anunciando final de semana sim final de semana não o jogo de despedida da carreira dele. Depois, o mesmo ocorreu com o Popó "Mão de Pedra" que voltou umas duas vezes da aposentadoria só para apanhar. Não podemos nos esquecer também da Fernanda Venturini, que volta e meia ressurge dos mortos para nos assombrar.

Agora é a vez do Hugo Hoyama, nosso simpático mesa tenista que só ganha Pan. Antes de ir para Pequim passear competir, todo mundo achava que essa era a última das 235 edições dos Jogos que ele participou e perdeu na primeira fase. Pois bem: depois de perder mais uma vez na estréia, ele vem e começa a mudar de idéia. Por isso, lanço a enquete: quantas décadas vai demorar para ele pendurar a raquetinha de vez? a.) Uma, b.) duas, c.) três ou d.) ele vai jogar até o final dos tempos.

Bronze - Uh, uh, Edinanci!

Juro que eu torci pela Edinanci Silva em Pequim-2008. Apesar de ela ser uma pessoa que não gosta muito de jornalistas (com motivos), eu gosto dela. Porque, mesmo não sendo a melhor judoca que eu já vi, é uma puta de uma pessoa esforçada e que superou todos os recordes de preconceitos sofridos: é negra, pobre, nordestina, bem distante dos padrões de beleza... (eufemismo detected).

Mas ela é brasileira e, portanto, amarelona. Foram nada menos que quatro Olimpíadas chegando como favorita ao pódio e nenhum bronzezinho em casa. Na China, ela chegou perto, mas perdeu a final da repescagem para a sul-coreana Gyeongmi Jeong. Outra, aliás, que dava medo (nem o sorrisinho salva). Ah, e a Edinanci também está repensando a aposentadoria...

Aproveitando a deixa e só para encerrar o assunto judô, não posso deixar de expressar a minha indignação. Primeiro: esse negócio de se agarra daqui, puxa de lá e se joga dali é coisa de veado. Segundo: dizem que esporte é saúde e disciplina... mas será que os pais que matriculam seus filhinhos nessas aulas sabem que existem um golpe chamado estrangulamento? :-D.


Menções honrosas

Apesar de que eu já sabia de tudo isso, não voi deixar de mencionar a amarelada da nossa ginástica por equipes (queria ser, no mínimo, sexto e depois dizer que oitavo é bom. Ah, tá) e a refugada do Thiago Pereira, comprovando que a Globo torrou a nossa paciência com a maldita dona Rose gritando na beira da piscina para nada. Aliás, só agora que o povo descobriu o Cielo, esse sim um baita nadador?

Falando em Cielo, eu não aguento mais trocadilhos infames do tipo "Uma medalha que caiu do Cielo", "Um atleta que veio do Cielo" e afins. Vou jogar uma bomba na redação do próximo jornal em que eu ver isso.

Também não esqueci do Federer, que nos últimos tempos resolveu se "abrasilerar" e perde tudo o que é favorito. Ah, e claro que o Galvão não poderia passar incólume: hoje no jogo do Brasil x Noruega, ele começou a filosofar e dizer "que o futebol feminino que é bonito, é um jogo mais cadenciado, quase sem faltas....". Hã, hã... faltou dizer também que é a maior fonte de lances bizonhos e video cassetadas do planeta.

Sobre o basquete amarelão? Só um comentário, vindo do Oscar durante a transmissão na derrota contra a Rússia: "Basquete é um jogo em que a bola tem que cair na cesta". Pena que as brasileiras não entenderam isso ainda.

PS: Neste momento, as potências olímpicas da Geórgia (em guerra), Azerbaijão, Coréia do Norte, Mongólia, Etiópia, Cazaquistão, Zimbábue, Quirquistão (onde fica isso?), Uzbequistão e Vietnã estão na frente do país que não desiste nunca no quadro de medalhas. Mas pelo menos a Argentina está ainda pior, e é isso o que importa!

Sobre como as Olimpíadas afetam o bom senso das pessoas

Não vou dizer quem foi, mas posso garantir que isso realmente ocorreu em uma madrugada olímpica de uma redação de esportes por aí...

Três horas da manhã. Pessoas surtando porque estão trabalhando mais do que os advogados do Maluf. Começa um papo qualquer:

Interlocutor 1: Puxa, vocês acreditam que eu nunca fui ao JUCA, mesmo estando o terceiro ano da Cásper?

Interlocutor 2: Jura? Mas por quê?

Interlocutor 1: Ah, no primeiro ano eu tinha um outro compromisso na data. No segundo eu trabalhei. E agora terceiro, era aniversário da minha avó, que, coitada, já estava bem velhinha e doente... Eu achei melhor ficar com ela.

Interlocutor 2: E eu aposto que você perdeu o JUCA e ela continua viva...

Interlocutor 1 (constrangido): Bom, na verdade, não... ela morreu...

Intercutor 2 (na maior inocência do mundo): Ah, menos mal, né....

13 de agosto de 2008

E as pataquadas continuam

Quinto e sexto dias olímpicos são iguais a uma pancada de provas, mais um dia sem folga (o sétimo seguido com uns 14 pela frente), menos horas de sono, a suprema humilhação em saber que um feioso norte-americano é bem melhor que um país inteiro que não desiste nunca, mais amareladas, muitas risadas e a certeza que eu vou ter uma tendinite até o final de agosto. Enfim, as pataquadas:

Ouro - Tiago Camilo

Ele é legal, ele é esforçado, ele é gente boa. Mas isso não me impede de falar que o Tiago Camilo amarelou bonito, como todo bom brasileiro. É, eu estou muito puta com o fato de o meu bolão ter furado, então eu quero mais é que ele arda no mármore do inferno ao lado da Mayra Aguiar que ele treine muito e se dê bem em Londres-2012.

Aproveitando o assunto, anuncio aqui que fui convencida pela Monterisi e tirei o Diego Hypólito da minha lista de amareladas. Ela tem toda razão: vai ser a coisa mais engraçada do mundo ele ganhar o ouro no domingo e soltar completamente a franga, junto com os gritinhos histéricos da Andréa João, a comentarista insuportável de ginástica da Globo com voz de Poliana e para quem sempre todo mundo deu um "flip-flap-carpado-com-duas-piruetas-e-um-tsukahara-coçando-o-suvaco", seja lá o que isso signifique.

Sem bem que... sei não, a história dele está muito igual a Daiane em 2004...

Prata - Jade Barbosa

Alguém aí acredita que eu já sofri preconceito só porque acho a Jade Barbosa uma insuportável? Não, isso não é coisa de repórter recalcada que foi esculachada pela fonte (apesar de ela dificilmente falar algo que preste), mas é que ninguém merece ver a Jade chorando porque ganhou, porque perdeu, porque empatou, porque tiinha um monte de gente no aeroporto, porque a mãe morreu, porque o pai está vivo, porque os técnicos ucranianos são uns FDPs, porque alguém perguntou as horas, porque ela é virgem e nunca viu o Sol e por aí vai.

Eu deveria mesmo era ter feito um bolão olímpico sobre quantas vezes a Jade iria abrir o berreiro em Pequim....

Bronze - Cavalos do Brasil e vôlei da China

O Brasil é uma país tão, mas tão amarelão que até os cavalos ficam tremendo na hora H. Só nesta Olimpíada, até a última vez que eu vi o noticiário, foram três os animaiszinhos verde-amarelos que tiveram algum problema e foram vetados de competir. Fala sério, você tem a noção que um bicho daquele vale mais que a vida de todos os leitores deste blog juntos? E alguém aqui ainda quer me convencer que eles são uns pagarés que não podem dar a patinha em Hong Kong?

Aliás, lembrando aquele maldito momento em que aquele maldito Baloubet du Rouet refugou em Sidney e ferrou com as nossas chances, esse ano aconteceu de novo. Foi na prova de CCE, mas niinguém ligou porque ninguém sabe quais são as regras e ningupem assiste essa bagaça mesmo. Fica só para o registro.

E, como o assunto da moda é o judô, teremos dois bronzes hoje. O segundo, vindo da repescagem, vem do vôlei feminino da China que amarelou "a la Brasil" e perdeu seis match points antes de tomar a virada de Cuba. Chupa, japas!!! Esse ano, tenho certeza que o ouro é nosso. Ou não (sério: estou acendendo velas para todos os santos torcendo para que as meninas não fiquem no quase de novo, provocando a "amarelada master de todos os tempos". O Zé Roberto não merece.)

Menções honrosas

Olimpíada é uma época engraçada, onde as emissoras julgam que precisam compensar em 15 dias tudo o que não apoiou de esporte amador nos últimos quatro anos. E daí? Daí que você não consegue acompanhar um evento em paz, porque no meio mais importante, entra um quadrado dividindo a tela para mostrar o loser do brasileiro disputando a seletiva do 13º ao 18º lugar no remo. A Band tem sido campeã nisso (é humanamente impossível ver um jogo inteiro lá), seguido da SporTv que fica alternando eventos entre os canais loucamente: "Agora você vê o basquete no SporTv 2, (dez minutos depois) estamos mudando para o SporTv 3, (mais cinco minutos) estamos indo para o SporTv 172,5..."

A propósito, o padrão de qualidade da Globo está indo para as cucuias nestes dias chineses. Eu mesma já peguei umas duas vezes o microfone vazando ao fundo ("Tá ligado? Não, não.. tá desligado"). As transmissões de judô também são uma piada: em uma das lutas ontem, o cara jogou o outro no chão e o narrador: "Ippon! Não, é koka. Não! É yuko". Ah, e volta e meia, a Leila dorme na narração do vôlei (o Galvão pergunta algo e ela não responde).

Não é porque o Fábio sempre passa por aqui, mas a transmissão melhorzinha é da ESPN Brasil, que sempre manda repórteres para as modalidades mais desconhecidas, evita ser tããããão ufanista e tem umas reportagens bacanas. Mas é claro que faz suas merdas de vez em quando: hoje, o André Kfuri quase me fez surtar quando chamou o Phelps de "assassino das piscinas" (?). E o Jahu foi querer falar de uma polêmica (para mim inexistente) no vôlei de praia e chamou a Larissa de Juliana.

Mas é claro que eles precisam de muito para superar o Oscar dizendo ao vivo: "Ontem, quer dizer, anteontem, ah, não sei...". Só para terminar fica o protesto contra todo mundo que manchetou na Internet que o Thiago Pereira superou o Phelps nas eliminatórias, enchendo o singelo leitor comum de esperanças. Alôu? É óbvio que o americano nem quis se cansar, né?

11 de agosto de 2008

Pataquadas olímpicas: as primeiras medalhas e as primeiras amareladas

Esse post era para ter sido escrito ontem, mas acabei indo dormir antes das oito da noite pelo segundo dia consecutivo e o blog acabou mais uma vez ficando de lado. Bem, pelo menos hoje, nós temos mais assunto a tratar direta e virtualmente de Pequim.

Primeiro, a seleção feminina de basquete teve a honra de inaugurar as amareladas. Gente, como é possível perder uma partida para a toda-poderosa Coréia do Sul estando sete pontos à frente no último quarto? PQP, não dá. Nem merece entrar como pataquadas.

Feito o desabafo, vamos às melhores pataquadas dos últimos dias:

Ouro - João Derly

Tudo bem que eu já sabia, mas a eliminação precoce do nosso bicampeão mundial não deixou de decepcionar. Ainda bem que temos o Leandro Guilheiro e a Ketleyn (onde a mãe foi buscar essa grafia?) para compensar. É, eu sei que bronze não é grande coisa, mas é sempre divertido torcer por um brasileiro na luta final por medalhas. Hoje, a redação parou.

Prata - Cléber Machado e a Aguero

Eis que a Itália enfrentava o Cazaquistão antes do sapeca iá-iá (expressão que eu juro ter ouvido sair da boca de Galvão no domingo) do Brasil sobre a Rússia no vôlei feminino. Cléber Machado está narrando e começa a conversar com a Jaqueline Silva, ex-vôlei de praia e agora comentarista.

Cléber: "A Aguero, cubana que joga pela Itália, ainda não chegou à China"

Jaqueline: "O que houve?"

Cléber: "Ela teve que ir para Cuba por conta de um problema familiar, a mãe estava muito doente, mas teve que voltar porque não conseguiu o visto para entrar. A melhor do mundo está fora das Olimpíadas"

E no exato momento em que ele termina essa frase, a câmera dá um close na Aguero, com a plaquinha, entrando em quadra!

HAHAHAHAHAHHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA. Certeza que ela viu a substituição e perguntou só para ferrar com ele.


Bronze - A transmissão da Band

Sei que o Galvão é um chato de galochas (ressucitando a expressão!), mas tem coisas piores por aí. Silvio Luiz, por exemplo. Tudo bem que o cara é um ícone da narração e tal, mas ninguém merece ouvir um sonoro "Jogos Pan-americanos de Pequim" e outro "Essa mulher deve ser boa na cozinha. Tem uma mão pro sal e pra pimenta...", depois que a jogadora do Brasil (Claudinha, eu acho) acertou dois lances livres no fatídico jogo contra a Coréia.

Aliás, todos os narradores da Band são muito ruins. E tem um que ainda quer ser chamado de doutor, o tal do Osmar. O mais engraçado é que nas transmissões de vôlei de praia, como da madrugada deste domingo, eles começam a falar de uns assuntos nada a ver, tipo a Virna, que devia estar falando, ora bolas, da partida. Mas aí me sai com esta:

"Ah, hoje é Dia dos Pais no Brasil, quero mandar um beijo pro meu pai que é tudo na minha vida, bla, bla, bla..."

O supra-sumo foi no jogo de handebol Brasil x Hungria, em que nossa já famosa goleira Chana teve que enfrentar a pivô Piroska.... Mas aí tudo bem, afinal, quem resistiria à piada?

Menções honrosas: aqui entra a insistência do SporTV em mudar a programação de seus QUATRO canais para a mesma cena quando um brasileiro está prestes a ganhar medalha (não é mais fácil mostrar um aviso na tela? Ou eles pensam que os músculos dos telespectadores atrofiam por causa da mágica do momento e ninguém consegue trocar de canal?), a Vania Ishii dizendo ao vivo "os dois bronzes do Brasil no judô valem mais que esse ouro do Azerbaijão" (aliás, o coitado quase tomou um ippon da segurança só porque tentou chegar perto da arquibancada para pegar uma bandeira depois que ganhou), o comentarista do SporTV chamando a transmissão direto do Cubo d'Gelo, o boxe brasileiro que só vai passear na China, o Oscar e a Hortência revoltados com a seleção feminina de basquete, o Thiago Pereira cansando na prova mais importante do ano, a histeria coletiva dos canais com um mísero bronze e, claro, o portuga corno!

Voltamos a qualquer momento da programação.

8 de agosto de 2008

As primeiras pataquadas olímpicas

Começou.

Ok,ok, a festa foi muito bonita e tal, mas... nem uma plaquinha "Free Tibet"? Nem uma vaiazinha? Nem um "oooooiiiiiizzzinnnhooo"? Bah, o Pan teve uma cerimônia de abertura uma milhão de vezes mais divertida. Só porque o governo daria um tiro na cabeça e mandaria sua família pagar a bala ninguém faz nada?

Aliás, bem que o Galvão poderia ficar na China para sempre. Gente, nem começou a Olimpíada e eu já surtei com ele. Logo em suas primeiras transmissões, o futebol masculino, nosso "narrador mor" se sai com essa: "Ah, mas esse Rafinha tem que sair do time, não dá". Aí, ele lembrou que tinha um link ao vivo na casa do Rafinha. E tentou consertar: "Não, que me desculpe a mãe do Rafinha, uma senhora muito simpática...".

Eu também queria perguntar se alguém aí sabe o porquê de a Globo resolver torturar seus telespectadores e contratar o Oscar do basquete para comentar tudo, absolutamente tudo. Porque, apesar de um gênio das quadras, o cara é muito mala. E não sabe nem comentar um jogo de basquete, quanto mais o resto. Sem mencionar que no Pré-Olímpico Mundial ele sugeriu um time com uns quatro pivôs, hoje ele pentelhou tanto na cerimônia de abertura porque se arrependia de não ter sido porta-bandeira nas Olimpíadas não sei de que ano, que deram um sumiço nele no final da transmissão. Mas, antes, óbvio, ele chorou porque na época tinha resolvido se poupar para a estréia. "Eu nem lembro qual era o adversário...", falou, com a voz embargada.

A propósito, a transmissão da cerimônia de abertura de Pequim foi um festival de pataquadas. Ok, ok, eu sei que ao vivo é sempre complicado, mas deixar aberto o som do Marcos Uchoa trocando o microfone ("tum", "pof"...), não dá. Melhor ainda foi a piada infame soltada por um dos repórteres, acho que o Bassan, quando a delegação da Macedônia entrou: "Sabe desde quando a Macedônia não ganha uma medalha? Desde quando Carlos Magno era o imperador...".

E quando eles tentaram falar ao vivo com os atletas na festa? Primeiro, o Galvão se esgoelando para fazer o Marcelinho, do vôlei, dar um tchauzinho para eles e o cara vira de costas para a câmera. Depois, o Jadel Gregório simplesmente em silêncio. Em seguida, ele começou a atropelar tudo o que a Fabi, do vôlei, falava para mandar um recado para a Daiane dos Santos, que estava junto. Pombas, mas será que ele não viu que a Fabi estava em um celular (ou seja, a Daiane não estava ouvindo) e não tem Globo Internacional (sorte dos atletas) na Vila Olímpica?

Aproveitando a oportunidade, mando um recado para o pessoal da Globo. Porque eles ficaram a transmissão inteira falando em mistério sobre quem iria acender a tocha, sendo que a informação já tinha vazado pela própria agência do governo chinês (sobre isso, tenho a impressão que alguém apertou o enter do release do anúncio sem querer antes da hora porque os caras escreveram assim na nota: "Li Ning, ex-gymnast and now a successful entrepreneur, was selected as the main torchbearer at the opening ceremony of the Beijing Olympic Games, according to a press release just seen on the Games' Info system"). Até eu, parte da enoooorme equipe olímpica da GE.net, sabia desde as 10h30 que seria o ginasta Li Ning.

Mas, para não falarem que eu sou tiro sarro da Globo, manifestarei minha indignação com a ESPN Brasil e aquele boneco ri-dí-cu-lo com o qual eles fazem matérias de SEIS minutos passeando por Pequim. E repetem depois! Gente, ninguém merece.

Para terminar, vou citar algo que só ouvi falar, mas não duvido nada que seja verdade. É que hoje me contaram que o Pedro Bial, em mais uma de suas poesias soltou essa: "Trata-se de uma tradição milenar chinesa que se iniciou nos anos 90" (!!!!!!!!!).

Portanto, as primeiras medalhas na modalidade pataquada em Pequim vão para....

Ouro: A falta de um protestinho que fosse depois de todo o auê feito nos últimos meses*
Prata: Oscar (só para ele nunca ter ouro, hehehehehe)
Bronze: O boneco mala da ESPN, que não precisa se rebaixar a isso.

Menção honrosa para o presidente Lula, que disse que se o Rio receber os Jogos de 2016 fará uma edição da Olimpíada para os pobres. Hã, hã. E o Visconde de Sabugosa vai acender a tocha olímpica, enquanto a Maísa (ela não vai crescer nunca porque não é deste planeta) será mestre de cerimônias.

* Pedrão não ganha ouro por suspeita de doping

PS: Da série "nunca faça palhaçada em horário de serviço" - Ontem, estávamos termnando o especial das chances brasileiras em Pequim, quando, no rascunho, resolvemos escalonar as modalidades em cinco grupo: "Muitas chances", "Boas", "Poucas", "Só na cagada" e "Só por milagre".

Obviamente, as duas últimas não eram para entrar, mas acabou passando, passando, e... por muito pouco as cagadas não foram por ar e eu não dei uma passada no RH. Quando ao milagre, não teve jeito - se bem que nesse caso, o máximo que pode acontecer é um atleta ganhar o ouro totalmente de supresa e vir falar dos jornalistas engraçadinhos daquele site.

7 de agosto de 2008

Previsão canossiana de medalhas e amareladas em Pequim

Faltando um dia para o início oficial doss Jogos Olímpicos e eu com uma especial enoooooooorme para entregar, vamos a um post em um blog que, assim como adivinhou que o bebum do Kimi Raikkonen seria campeão de Fórmula 1 no ano passado, vai cravar certeiramente todas as medalhas do Brasil em Pequim.

Obviamente, não vou falar só de pódios, até porque isso nem é o mais legal das Olimpíadas,função que fica a cargo das onipresentes amareladas do Brasil. Não sei se é porque a gente nunca presta muita atenção nos outros países, mas tenho a impressão de que os nossos rivais gringos não tem um índice de amarelamento tão grande.

É importante ressaltar que desde o último domingo eu estou virando meu fuso horário para o que chamo de "balada pequinesa", ou seja, ficar acordada das 0h00 até umas 18 horas (de Brasília, ou 11h da manhã até 5 horas na terra da dinastia Ming) - obviamente, ainda não tive muito sucesso em dormir tão cedo, especialmente porque "A Favorita" está ótima essa semana (gente, como a Flora é vaca!) e o melhor que consegui foi uma mega dor de cabeça - me ajuda, Mococa, a mulher das madrugadas insones! (justificativa para previsões furadas detected)

Deixemos o papo furado para lá e vamos às apostas, com um rápido comentário sobre o porquê delas:

Ouro

Seleção masculina de vôlei - Todo mundo está descendo o pau nos caras só porque eles perderam a Liga Mundial. Não acho que tenha sido de propósito, mas acredito que quando a coisa começou a degringolar, eles resolveram largar de lado e se focar nos Jogos. Esperem daqui a uns dias para ver Giba chorando, dizendo que o ouro é uma resposta, blá, blá, blá.

Seleção feminina de vôlei - Essa aqui merecia índice cinco de previsão de amarelamento canossiano pelo histórico, mas nos últimos meses acompanhei o time de perto e meu feeling diz que finalmente o ouro vem. Com direito à Fofão ao vivo na Globo dizendo: "Chupa, Fernanda Venturini!".

Ricardo e Emanuel (vôlei de praia) - Porque eles são fofos, especialmente o Emanuel.

Robert Scheidt e Bruno Prada (vela) - Foi só por um dessas loucuras do destino que o Scheidt nasceu no Brasil. Sua alma totalmente européia impede mega amareladas, além de ele ser foda, claro.

Bimba (vela) - Será a recuperação deste senhor de apelido de duplo sentido ficou famoso em Atenas ao proporcionar uma das melhores narrações da TV brasileiro, se não me engano na Bandeirantes (Neste momento, Bimba é ouro... (minutos depois) Bimba perde posições, mas ainda é prata... (minutos depois). Ainda dá para ganhar o bronze... (minutos depois), é pessoal, ele ficou em quarto lugar).

Tiago Camilo (judô) - porque sim
Prata

Jadel Gregório (salto triplo) - Quando Jadel era criança, alguém deve ter ensinado a ele que a prata é mais legal. E assim ficou porque ele SEMPRE consegue ficar em segundo lugar.

Mayra Aguiar (judô) - Porque em toda Olimpíada aparece alguém novo do judô para ganhar
medalha

Equipe de saltos (hipismo) - porque sim

Futebol feminino - porque elas sempre perdem na final e saem com a promessa de novos
investimentos
Ana Paula e Larissa (vôlei de praia) - apesar de a Juliana ter feito uma puta sacanagem com a Ana Paula, a obrigando a pegar dois dias de viagem e desembarcar em fuso com 11 horas contra para jogar no dia seguinte, elas vão bem e só perder para a Walsh e May na final, como era esperado.

PS: A minha aposta anterior aqui, registrada em corredores da GE.Net (peguem as câmeras de segurança!) era que a rótula da Juliana iria voar em Pequim, ao melhor estilo Ronaldo Fenômeno.

Bronze

César Cielo (natação, 50m livre) - porque ele é o cara mais foda da natação brasileira hoje, quase bateu recorde mundial em 2007 e o povão não dá bola, coitado.

Natália Falavigna (taekwondo) - como boa brasileira, vai chegar na semifinal como favorita e ser roubada, mas se recuperar depois e dar declarações cheia de raiva.

Fernanda Oliveira/Isabel Swan (vela) - serão as primeiras brasileiras a subirem no pódio olímpico da vela e teremos que aturar reportagens sobre isso até o final dos tempos.

Maurren Maggi (atletismo) - não vai ser amarelada nível cinco, mas não ganha o ouro nem a pau. Essas historinhas de "minha-rendenção-pós-doping" nunca dão certo. Porém, vai nos encher o saco com aquele cachorrinho de pelúcia ensebado.

Ana Marcela Cunha (maratona aquática) - só para fazer uma aposta sem noção...

Amareladas

Diego Hypólito (ginástica) - Não sei não, mas está tudo tão perfeito com ele que vai dar merda...

Jade Barbosa (ginástica) - E ela vai chorar, chorar, chorar, como faria se tivesse ganhado. Ô menina chata.

Thiago Pereira (natação) - porque só a Globo e a mãe dele acham que ele é tão fodão assim.

Fabiana Murer (salto com vara) - ela é gente boa, mas vai ter que ficar para depois.

João Derly (judô) - aposto que o bicampeão mundial vai sentir uma contusão e justificar a derrota antes da semifinal com ela.

Futebol masculino - óbvio
Que venha Pequim, pois bem!

2 de agosto de 2008

Pânico

Por N motivos, incluindo o fato de eu passar boa parte da minha vida em São Paulo, eu voto na capital mesmo.

Justamente por isso, foi com um misto de medo e incredulidade que eu me deparei agora há pouco com um outdoor anunciando o Frank Aguiar, ele mesmo, o "Cãozinho dos Teclados", como candidato a vice-prefeito de São Bernardo do Campo!


Não quero nem pensar na possibilidade de ele ganhar. Nesse caso, estou considerando seriamente a hipótese de me mudar para Bagdá um lugar onde as pessoas levem política mais a sério.

(PS: assim que eu achar algum pôster da da campanha dele na Internet coloco aqui para provar que não estou mentindo)