25 de março de 2008

Faculdade de família


(Crédito: Luiz Carlos Murauskas/Folha Imagem)


Foto descorberta por acaso no UOL no dia 25 de março. A imagem retrata uma ação da PM e da Prefeitura da na Cracolândia.

24 de março de 2008

Canossa, a masoquista

Resolvi abandonar o sedentarismo e me matriculei na academia na última quinta-feira, para começar no dia seguinte.

Mas aí minha pediu para eu não ir na sexta, pois a tradição familiar manda que não façamos nada muito alegre no dia que Jesus morreu. Como não custava nada, aceitei.

No sábado, toda pimpona, acordei relativamente cedo, me arrumei e fui. Quando cheguei lá, descobri que estava diante um problema pontual e só depois das 14 horas haveria um professor para orientar minha primeira aula. Voltei para casa, depois de encarar 20 minutos de caminhada.

Depois do almoço, lá ia eu de novo, quando justamente na hora de sair começa a descer o maior toró. Mas meu pai, em uma atitude muito bacana, ficou com dó de mim e minha da roupa nova e me levou de carro.

Cheguei lá e me matei por mais de uma hora. Na volta, um caminhoneiro cuja mãe tem moral contestável passou a toda velocidade por uma poça (oriunda da chuva do começo da tarde) e molhou todo o meu lado direito.

Por causa da minha bendita idéia, acordei quebrada ontem. Até já posso dizer que sei com qual sensação com a qual Judas Iscariotes acorda todo domingo de Páscoa. Mas ele, pelo menos, não pagou para isso.

Não sei o porquê, mas acho que os céus não querem me ver em boa forma...

20 de março de 2008

The book is on the table

Se houve uma coisa que eu decidi quando vi pelo última vez as "espetaculares" aulas daquele professor que tem apelido de humorista foi que em 2008 eu não me inscreveria em nada que se denominasse "outra faculdade" ou "pós-graduação".

Por outro lado, eu também não queria ficar apenas trabalhando, de forma que decidi retomar o curso de inglês. O problema é que se tem uma coisa para a qual eu não tenho muito saco ultimamente é para uma sala de aula com cinco indivíduos desconhecidos entre si sentados em círculo e tentando ler/escrever/ouvir/falar a língua de Shakespeare em uma sessão de humilhação coletiva.

Além disto, eu também não estava com a menor vontade de ter um compromisso fixo vários dias por semana e ter meu aprendizado determinado por um plano já pré-estabelecido. Foi então que eu lembrei do Método Kumon, que me ajudou bastante com matemática nos agora longíquos tempos do vestibular. Liguei em uma unidade próxima de casa e descobri que eles também ofereciam aulas de inglês. Perfeito.

O problema do Kumon é que os caras são cricris. Um pontinho final esquecido já te derruba, sem contar que o baixo tempo de resolução também é fundamental. Una isto ao fato de o sistema exigir que o aluno tenha uma excelente base até avançar para conteúdos mais complexos, de maneira que não se enrole tanto (o que é ótimo no futuro).

Disse tudo isso para revelar que comecei no segundo grupo de exercícios mais baixo, o 4A. Até que estava gostando, quando de repente eu me deparo com o seguinte exercício, dotado de uma dificuldade estupenda... só não dou um doce para quem conseguir resolver porque eu sou legal e postei a imagem com a resposta correta já escrita.


15 de março de 2008

Ossos do ofício

Ontem no final da tarde eu perdi mais de duas horas fazendo a nota mais bizarra de toda a minha vida. Então, para que todo o meu trabalho não seja em vão, peço que todos colaborem comigo:

- Cliquem neste link aqui, dêem só uma lidinha rápida, e fiquem apertando F5. Se a minha proposta der certo, a nota vai bombar de audiência e eu vou ficar feliz.

Sério, o que é esse esporte dos pocotós? Imagina assistir cavalinho levantando patinha para ganhar ouro às 3 horas da manhã em agosto, durante as Olimpíadas. Nãããããooo!

Rápido pitaco sobre a Fórmula 1 - Vou antecipar a previsão que me consagrou em 2007: Kimi será bicampeão do mundo este ano, apesar de ele já ter voltado ao normal e toda a sorte de Interlagos ter se revertido em um puta azar logo no primeiro treino classificatório.

Ah, e depois do que eu vi no treino, também vou dar uma força pro Kubica. Ele é feião, mas dizem que muito gente boa, o que é raro naquele meio. Vide Nelsinho Piquet, que é bom piloto , mas merece tomar umas na cabeça - como já está tomando na Austrália - para baixar um pouco a petulância (informações tiradas daqui). Massa? Não, não vai ser campeão de novo.

A falta do tal controle de tração? É, vai tornar as disputas muito mais legais. Só que tem uma coisa: por enquanto, está todo mundo dizendo que foi ótimo, é isso mesmo que a Fórmula 1 precisava e tal. Na hora que o primeiro piloto se esborrachar no muro, as opiniões vão mudar, vocês vão ver.

Vou ficando por aqui. E lembrem-se: prestigiem minha nota de adestramento!

8 de março de 2008

Só falta salvar a princesinha!

Quem conviveu por muitos e muitos meses naquele prédio bizonho da Avenida Paulista sabe que o André, amigo da Cinthia de Curitiba, tem absolutamente toda a razão em suas teorias: a primeira é que a Cásper Líbero é a versão brasileira de Hogwarts. A segunda – descoberta recentemente – que assim que se passa por aquelas catracas, você está adentrando em um videogame. Praticamente apertando o “Start” do seu SuperNes

(eu sou do tempo em que os 16 bits eram A tecnologia. Céus, como estou velha!).

Como assim um videogame, vocês devem estar se perguntando? E eu respondo: mais precisamente como um cartucho de plataforma. Você precisa ir conquistando pontos e tempo de prática para ter acesso a novos lugares. Pode reparar: há escadas e portas da FCL que você só descobriu depois de dois ou três anos circulando quase que diariamente por lá – na verdade, não necessariamente elas saem em algum lugar do planeta Terra.

É simples: elas sempre estiveram lá, mas os primeiroanistas, por exemplo, não possuem as habilidades e experiências necessárias para visualizá-los. Vou dar um exemplo: somente em um dia qualquer do meu último ano de Cásper é que, de um dia para o outro, quebraram uma parede do TB e atrás surgiu uma megasala. Já o teto do quarto e do quinto andar são praticamente um bunker de sobrevivência na guerra. Qualquer hora, vai aparecer uma piscina olímpica onde horas antes você julgava haver apenas uma parede.

Mas eu só escrevi tudo isso para contar uma das coisas mais legal que me aconteceram nas últimas semanas. Na condição de ex-estagiária e quartoanista, tive o direito de chegar praticamente à última fase do jogo – só falta agora derrotar o Browser e salvar a princesinha! Sim, eu subi lá na antena da Gazeta, um lugar cujo o acesso me foi negado milhares de vezes em quatro anos de faculdade.

Para começar: ao contrário do que eu imaginava, o 15º andar do prédio é só o início do fim. Descendo do elevador falante que aterrisa ali, você ainda deve virar à esquerda e subir um monte de escadas. É preciso subir, subir e subir até ficar bem cansado. Este é o momento em que você vai se deparar com... um portãozinho trancado. Daí, será necessário trocar todos os pontos acumulados nas fases anteriores pela chave que o abre e lhe dará acesso um tanto de escadas. Superados os degraus, você vai se deparar com um pequeno espaço de dois por dois a céu aberto que mais parece a laje de uma casa de periferia.

Faltou o varal e a roupa secando, mas deve ser porque o dia estava nublado. Mas não se decepcione: basta subir mais um pouco em uma escada que parece escada de casa de periferia que você estará no ponto mais alto de São Paulo (segundo o bombeiro que nos acompanhou (sim, éramos um grupo), o número 900 é o ponto mais alto da Paulista, que, por sua vez, é a avenida mais alta da cidade) e poderá observar absolutamente toda a cidade que nem é tão grande assim.

De lá, é possível ver a zona leste inteira sem correr nenhum risco. O Parque do Ibirapuera então, ó, é logo ali. Região da Berrini, Congonhas, Paulista com um monte de bonequinho lá em baixo... só não dá para ver São Bernardo porque (acho que) a gloriosa cidade do ABC Paulista fica dentro de um buraco, mais conhecido como vale.

Reza a lenda que o projeto inicial era torrar o dinheiro do Tio Cásper construindo o maior prédio de São Paulo na Paulista e de cujo topo – um terraço, ao estilo do Edifício Itália – seria possível visualizar o mar. Mas o dinheiro acabou antes e tudo ficou pela metade, ou talvez nem isso. O fato é que os 68 mil metros quadrados de área foram inaugurados em 1966, 17 anos antes da antena da TV Gazeta, que tem 85 metros de altura. Faltou apenas deixarem a gente subir no topo dela.

A construção mesmo, porém, começou por volta de 1947 (pensa que é fácil fazer aquele monte de labirinto?) e em 1991 a prefeita Luiza Erundina instituiu que ali seria o marco zero da avenida Paulista. A propósito, quem estiver passando perto do prédio por volta do meio-dia irá ouvir um insuportável e alto alarme, que antigamente tinha a missão de avisar que a última edição do jornal “A Gazeta” estava saindo. Sorte que eu subi lá depois das 12 horas...


Vou também aproveitar para desfazer uma lenda: a antena da Globo NÃO fica ali, mas sim em um prédio próximo. E o povo da Vênus Platinada é tão, mas tão folgado que eles foram subindo aquela joça o máximo que puderam, até a Infraero se tocar que estava começando a ficar perigoso para a rota dos aviões que descem em Congonhas. E, claro, trata-se da única antena da região que é pintada em tons prateados, contrariando a sinalização contra acidentes aéreos. Sim, estar fisicamente no alto da FCL é uma experiência espetacular, mas para poucos! Ainda bem que eu deixei de almoçar direito aquele dia. Pelo menos agora, eu posso morrer feliz.



(Canossa e a Zona Leste ao fundo - se você observar bem, vai enxergar o prédio do Banespa também)


(Canossa, a Paulista, a antena irregular da Globo e a Zona Sul ao fundo - ainda bem que o celular do André tinha câmera, senão eu iria me martirizar pelo resto da vida por não ter registrado o momento)


4 de março de 2008

Bem-vindo ao maravilhoso mundo dos bancos

Deus, o InternetBank do Bradesco tem tanta obsessão com segurança que chega a ser irritante. Falta pedir para você peidar ao lado da CPU para analisar a composição dos seus gases. E o pior é que eu não confio que meu dinheirim suado realmente esteja seguro.

Dá vontade de mandá-los a mer** e ficar com toda a grana da conta (que já nem é muita mesmo) só para se livrar desse inferno. Mas até para isso deve ter uma burocracia do tamanho da Avenida Paulista.

Falando em inferno, alguém aqui já tentou cancelar um cartão de crédito porque não usa essas coisas e, consequentemente, não quer pagar a maldita anuidade? Pois bem, acho que essa opção é inexistente no universo. Só pode ser. Mas vou continuar tentando.

Se bem que acho mesmo é que vou começar a guardar dinheiro debaixo do colchão.