22 de fevereiro de 2007

Comunicado

Coincidindo com o primeiro dia útil do Brasil, se é que existe dia útil nestas terras além mar, declaro que hoje encerro oficialmente o período de testes deste blog. Agradeço a todas as cobaias que o leram e o comentaram, declarando que pretendo manter esta página ativa e quem sabe até divugando-a para outras pessoas.

Com bem observou o André logo no primeiro post, o difícil não é criar, mas manter. De fato, ele estava certo, mas acho que tive mais facilidade do que imaginava para ter um tempinho para postar. É bem verdade que não estou em condições normais de temperatura e pressão, o que só vai ocorrer com a retomada das aulas na semana que vem. Aí, sim, vamos ver no que vai dar.

De qualquer forma, espero que vocês não tenham odiado os primeiros textos,

Ah, já ia me esquecendo: nada contra, mas eu não gostei do fato de a Beija-Flor e a Mocidade Alegre terem conquistado o Carnaval. Estes jurados estão malucos!

19 de fevereiro de 2007

Avaliação

É com 24 horas de atraso que venho ter a astúcia de fazer uma breve análise do desfile da Mangueira, ocorrida na madrugada desta segunda-feira de Carnaval. Gostei do que vi, mas sinceramente acho que não vai dar para levar a taça, não. E olha que eu nem vi a Viradouro, aquele que estão todos falando que foi a escola mais fodástica da noite.

Para começar - eu não sei se isso foi culpa da Globo que cortou ou se, de fato, não houve mesmo -, faltou o tradicional grito de guerra, que Jamelão (ah, Jamelão...) há anos canta antes do desfile, com todas as bandeirinhas já tremulando pela Sapucaí: “Chegoôôôôôôôôô ô ô, a Mangueira chegoôôôôôôôôô ô”. Isso por si só já diminuiu um pouco a empolgação, mas devo dizer que Luizito e os outros intérpretes exerceram muito bem a sua função na ausência do mestre.

A comissão de frente, como sempre, estava de arrasar. Carlinhos (ou Coisinha?) de Jesus mais uma vez deu um show de competência com os atores se alternando entre a figura de Camões e de uma portuguesa, enquanto mostravam mensagens para o público (aliás, foi um show a forma como eles trocavam corretamente as letras que formavam as palavras).

O tema, assim como o samba-enredo, também era excelente. Até agora estou com o refrão na cabeça: "Vem no vira da Mangueira, vem sambar/Meu idioma tem o dom de transformar/Faz do Palácio do Samba, uma casa portuguesa/ É uma casa portuguesa, com certeza". As alegorias também estavam mui belas e a harmonia da escola empolgou: todos estavam felizes a animados na avenida. A bateria também resolveu arriscar com rápidas paradinhas e movimentações que dificilmente são vistas na escola e se deu muito bem.

Por outro lado, achei que deveria haver mais alas dedicadas aos escritores. Eu pelo menos não vi nada que se referisse ao Guimarães Rosa, por exemplo, mas pode ter sido distração. A Preta Gil bem que se esforçou e foi bem simpática, mas seria melhor substituída por uma menina da comunidade. E, claro, o vexame da noite com a proibição de Beth Carvalho em desfilar. A justificativa da escola foi que ela não havia combinado em subir em um carro e que não há improvisações de última hora, mas acho que por ser quem é e principalmente por representar o que representa para a agremiação, uma exceção poderia ter sido aberta.

Enfim, foi um desfile 9,5. Agora é só aguardar a apuração, o ponto alto do Carnaval. Amanhã cedo (hoje, na verdade), será conhecida a campeã de São Paulo. Como boa palmeirense, torço para a Mancha e acho uma sacanagem inventarem aquele tal de grupo esportivo. Mesmo com poucos recursos, a escola mostrou um grande entusiasmo e fez uma bela apresentação, principalmente com toda a teatralidade mostrada - fantástica a abertura da bateria de dêmonios verdes e vermelhos para a passagem de Viviane Araújo em um andor como a besta (!) e depois para as baianas, que representavam a paz. Pena que exista tapetão até no Carnaval.

18 de fevereiro de 2007

É hoje!

Finalmente chegou o dia em que podemos fazer a velha piadinha e ver a Sapucaí estremecer com "a Mangueira entrando".

Abaixo, o primeiro vídeo do You Tube postado neste blog. Trata-se de uma prévia do desfile que vai homenagear a Língua Portuguesa. É a terceira escola deste domingo, a partir das 23h40.

Será a primeira vez, em 57 anos, que a Escola vai desfilar sem Jamelão, debilitado devido a um acidente vascular. Outro ponto negativo é o fato de eles terem colocado Preta Gil como rainha da bateria, rompendo com a tradição de sempre dar este espaço a meninas da comunidade.



"(...)Sei lá não sei, sei lá não sei não
A Mangueira é tão grande
Que nem cabe explicação (...)"

(Sei lá, Mangueira, Paulinho da Viola)

PS: Acredite se quiser, mas quando ainda morava em Minas, meu avô Zé fez um banheiro totalmente verde-rosa, até o vaso e bidê (e olha que ele nunca se declarou mangueirense). Hoje a casa pertence ao seu cunhado (meu tio-avô) Louro, mas o banheiro continua o mesmo. Deveria virar patrimônio da humanidade. Qualquer hora dessas eu posto a foto.

14 de fevereiro de 2007

Da arte de dormir pouco

Desde que comecei a fazer o curso técnico da ETE (o famoso "PD"), em 2002, nunca mais dormi como deveria, ou como os médicos dizem que devem ser - em média, oito horas por noite. O problema se deu aí, momento que eu passei a não possui mais as tardes livres, hora ideal para se tirar uma soneca, ainda mais para uma pessoa que só em casos excepcionais se recolhe antes das 11 da noite.

Desde então, só venho acumulando horas "a serem dormidas". Lembro-me claramente que, no começo deste processo - mais ou menos em julho de 2002 -, ainda estava lá na casa de Virgininha, em Paraopeba, perto de Sete Lagoas, a terra do Zacarias. Pensei então que aquele seria o momento ideal para dormir um pouco a mais todos os dias, assim zerando todo o estoque de sono acumulado em um semestre.

Rá! Foi o mesmo que fazer manifestação pela paz. Jamais cumpri essa promessa. Os motivos foram milhares, que eu poderia ficar enumerando por posts e posts. Mas, pelo menos, naquela época eu ainda conseguia dormir até tarde sempre que tinha uma folga dos estudos, coisa que não faço mais há alguns meses, desde que comecei a fazer as traduções do espanhol.

Para dar conta de tudo, comecei a acordar beeeem antes do que o normal. Traduzindo: agora levanto ainda na madrugada e vejo o Sol nascer quase que diariamente. Olhando pelo lado positivo, pelo menos faço parte da minoria da platéia que aprecia o espetáculo.

Obviamente isso significa que o meu banco de horas de sono deve estar mais ou menos com umas 3000 horas negativas. Muita gente ficou preocupada com a minha saúde, mas em geral consigo conciliar tudo. Quando o sono aperta, algumas aulas casperianas resolvem. É melhor que muito sonífero, eu garanto.

Se não resolver, tente ir até São Bernardo de transporte coletivo (vulgo metrô e tróleibus). É sono na certa. Interessante que só por duas vezes quase me ferrei: uma quando dormi de pé (!) e passei um ponto do meu destino em Piraporinha. E outra quando acordei já com as portas da estação Ana Rosa abertas, mas elegantemente fingi que não era comigo e desci na Paraíso (três vivas para quem resolveu fazer a integração em duas estações).

Tudo bem que pareço uma idosa (que diga o meu resultado no teste de flexibilidade na laboral...), durmo em quase em todos os lugares que encosto, "pesco" muito, às vezes acordo arrebentada e o filme tem que ser bom para me manter acordada até o final. Mas nunca precisei de coisas como pó de guaraná ou aquelas bizarrices que a Flávia tomava da Herbalife. Simplesmente acostumei. E sei que só vou zerar o meu sono quando morrer. Isso se eu não resolver reencarnar rápido.

Onde vamos parar?

Primeiro, foi o Dr. Oetker

http://www.estadao.com.br/arteelazer/gastronomia/noticias/2007/jan/16/249.htm

Depois, o inventor do Miojo, salvação de muitas refeições.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u113534.shtml

Agora, o inventor do pebolim.

http://esportes.terra.com.br/interna/0,,OI1411636-EI1877,00.html

Por que todos os gênios do mundo estão indo embora?

12 de fevereiro de 2007

Let’s postar

Confesso que tinha um certo preconceito com os blogs até meados de 2006. Para mim, isso não passava de coisa de adolescentes que escreviam sobre abobrinhas como os tais “Rebeldes”. Não que eu não goste de abobrinhas. Quem me conhece, na verdade, já se cansou de sabe o quanto eu sou sem-noção, apesar de eu ainda conseguir enganar muitas pessoas com um jeito falsamente sério.

Porém, sabe-se lá por qual motivo, comecei a me interessar pelo assunto no final do ano passado. Que fique bem claro que isso nada tem a ver com as “interessantes” aulas da Eva Byte, porque se dependesse dela eu nunca mais olharia para um computador. O fato é que passei a visitar alguns blogs de pessoas as quais eu admiro (algumas conheço pessoalmente, outras não) e acabei me inspirando. Bem que gostaria de chegar ao nível delas, mas não sei mesmo se será possível.

Foi a hora então de procurar um servidor legal – e não bloqueado na Fundação – para fazer a hospedagem destes textos. Adiei a estréia por alguns dias sob o argumento de que precisava criar um layout mais legal. Entretanto, percebi que isso não passava de uma desculpa esfarrapada que somente alimentava meus hábitos procrastinadores. E cá está este blog. Prometo, porém, que no dia que eu parar de apanhar do Dreamweaver, ele ganhará um visual decente. Ou não.

Não acredito e muito menos tenho a pretensão de que esta singela página será um sucesso de público. Pelo contrário: estou bem mais convencida de que será apenas mais um espaço ocupado no mundo virtual, apenas cumprindo a sua função de blog criado naquele segundo X (segundo pesquisas, um blog é criado por segundo no planeta). Acho que ele servirá mais como um “desestressador”, servindo de abrigo para várias idéias que surgem na minha cabeça, mas se perdem por lá mesmo. A maioria é baboseira mesmo, mas até que outras prestavam...Pelo menos as dores de cabeça diminuirão um pouco.

Faço também o juramento de não escrever nada que se trate estritamente da minha vida pessoal. Parece até incoerência criar um blog para não se postar coisas pessoais, mas explico: aqui estarão histórias que eu vejo, que eu ouvi falar, divagações sobre a vida, opiniões sobre alguns assuntos, coisas que eu acho interessantes, etecetra, etecetra. Nada, entretanto, que fale apenas para alguém muito próximo ou nem para ninguém. Não é porque eu escreverei sozinha tais textos que eu vou me esquecer que alguém pode estar atrás de outro computador lendo.

Ufa, é isso. Se você agüentou chegar até aqui, só te digo obrigado. E boa sorte, claro.