Bocaiúva
Cidade onde minha mãe nasceu e uma considerável parte da minha família reside, a mineira de Bocaiúva (369km ao norte de Belo Horizonte e 955 da praça da Sé) tem cerca de 45 mil habitantes e é a cidade natal do saudoso sociólogo Betinho e seu irmão Henfil. Além disto, é denominada pelos próprios habitantes locais como a "terra do 'já teve'". Carnaval de rua? Bocaiúva já teve. Cinema? Também. Milagre de santo? Yes. Escola de samba? Não só uma, mas três. Invasão de cientistas gringos e manchetes em todo o mundo por causa de um eclipse total do sol? Já teve.
Ainda há muita coisa boa por lá e eu poderia gastar muitas linhas falando delas. Mas isso fica para depois. Sim, porque neste primeiro post de 2008 gostaria de apresentar os leitores que ainda frequentam este espaço a coisa mais fodástica de Bocaiúva. Infelizmente, por ser uma propriedade privada, pouquíssimas pessoas tem acesso a este lugar. Na verdade, muitos habitantes da cidade nem imaginam que ele existe. Por sorte, este magnífico banheiro verde-e-rosa pertence aos meus parentes:
Ainda há muita coisa boa por lá e eu poderia gastar muitas linhas falando delas. Mas isso fica para depois. Sim, porque neste primeiro post de 2008 gostaria de apresentar os leitores que ainda frequentam este espaço a coisa mais fodástica de Bocaiúva. Infelizmente, por ser uma propriedade privada, pouquíssimas pessoas tem acesso a este lugar. Na verdade, muitos habitantes da cidade nem imaginam que ele existe. Por sorte, este magnífico banheiro verde-e-rosa pertence aos meus parentes:
O melhor: o autor desta obra prima da decoração tupiniquim é meu ascendente direto, meu avô José Alves da Silva, mais conhecido na cidade como Zé de Deca (ou Dedé para o povo mais antigo). A casa, porém, não pertence mais a ele e sim ao seu cunhado, ou meu tio-avô, Ourival Souto (mais conhecido como Loro Souto), a quem a vendeu em meados dos anos 70. Mesmo ampliando a residência, Loro fez questão de manter o banheiro original, apesar de ele ter bem menos uso nos dias atuais. Não, não é reflexo de uma família com intestino preso, mas sim porque atualmente há um outro banheiro na casa melhor localizado e, portanto, mais frequentado.
Mesmo assim, o banheiro verde-rosa ainda está em perfeito funcionamente. Trata-se de um privilégio fazer necessidades fisiológicos em ambiente tão exótico. Sem jamais ter manifestado qualquer preferência carnavalesca pela Estação Primeira de Mangueira, meu avô Zé de Deca explicou, com exclusividade ao Nossa, Canossa!, porque fez um (modo exagero on) lavabo tão criativo e ousado, rompendo paradigmas da decoração conservadora de banheiros (modo exagero off).
"Aquilo lá é o seguinte: a casa foi construída há mais de 40 anos. Eu fiz muitas casas para aqueles lados e cada uma tinha que ser diferente da outra. Então, fiz o banheiro daquelas cores, porque uma coisa importante é você pensar na claridade. Aquele outro banheiro da casa de Loro, por exemplo, é muito escuro. A gente tem que ter criatividade também", explica Seo Zé, ao mesmo tempo em que nega, aos risos, ter pensado em fazer decoração semelhante na casa que terminou de construir poucos meses atrás.
Orgulho.
7 comentários:
Que bom que você voltoooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooou!!!!!!!!!!!
Bem-vinda de volta ao mundo blogueiro, Carol! E vê se, agora, conte aos pobres leitores mais aventuras das Minas Gerais, né?
=)
Quanto ao banheiro mangueirense, sem comentários. Se fosse azul e branco, das cores da gloriosa Portela, aí sim seria bonitão!
Carooollllll, obrigada pelos parabéns! Prometo que podemos marcar um outro samba-e-feijoada-no-sábado-à-tarde só para nos reencontrarmos! O que acha, hein?!
Assim você poderá contar as histórias das Gerais pessoalmente!
beijos ;)
Orgulho o nosso, de ver Carol de volta à ativa - e discorrendo sobre as cores dos banheiros.
Tem gente que não perde o fio. Muito bom! :D
Beijão, Carol!
Seu avô tem complexo de carnavalesco? Ou já teve?
Mas olha só quem voltou! :)
Canossa, tava com saudades!
frequento seu blog a pouco tempo, cheguei nele pelo Despojo do Julio.
Muito bom! o blog e a postagem. E por que não dizer, 'salve a mangueira'
Abraço,
Camila Dayan
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