Mesmo com medalhas, as pataquadas continuam (Pan, dia V e VI)
Ainda abatidos pela tragédia, voltemos ao Pan. A propósito, como deixei aí abaixo, vou falar de dois dias em um post só porque a Vivax, omprada recentemente pela Net, resolveu recadastrar seus clientes forçando todos a entrarem em um site que não funcionava direito ao invés de usar outro meio (e você só conseguia acessar o "resto da Internet" depois de deixar seus dados).
E finalmente deslanchamos no quadro de medalhas. Apesar das tradicionais amareladas aqui e ali - não me conformo até agora como a Falavigna perdeu aquele ouro -, (ironia on) estamos colhendo os frutos de um país que investe o esporte e tem tudo para, a longo prazo, incomodar os Estados Unidos no quadro de medalhas (ironia off).
Palmas para quem merece: clubes como Pinheiros, Minas, Sogipa, etc. que se esforçam para manter o alto nível dos "esportes amadores" em tempos que não há nenhuma competição "importante" (leia-se Olimpíadas e Pan) . Também merecem elogios os bons profissionais que fazem um trabalho decente em suas respectivas modalidades, caso da ginástica, natação, vôlei... e, claro, a alguns atletas que se superam em meio a confederações completamente desorganizadas.
Que ninguém, entretanto, se iluda: no Pan de Santo Domingo-2003, ganhamos 122 medalhas (28 de ouro, 40 de prata e 54 de bronze). Um ano depois, nas Olimpíadas de Atenas, este número caiu para dez (quatro de ouro, três de prata e três de bronze).
Agora, vamos às melhores pataquadas dos últimos dois dias:
Medalha de ouro: Apesar de o Thiago Pereira ser um excelente atleta, estou quase começando a torcer contra ele. Isso porque eu aguento mais a Globo entrevistando a dona Rose, a mãe do Thiago. E isso gera uma série de comentários, no mínimo, imbecis. Quando ele ganhou o primeiro ouro, nos 400m medley, a emissora trouxe a mulher para a cabine de imprensa onde estava o Cléber Machado. Visivelmente constrangido, ele acabou fazendo perguntas como: "A senhora estava torcendo para quem na prova?". Depois, já na zona mista, o repórter da Vênus Platinada me fala para um Thiago já apressado porque tinha outra prova em seguida: "A sua mãe disse que você é lindo!". Juro.
Medalha de prata: Para a belíssima e bem feita sede do beisebol. Afinal, o que é uma laminha aqui, uma falta de iluminação ali, um placar que nao funciona acolá... e umas boladas em seis torcedores porque o estádio não tem alambrado de proteção? Aliás, excelente trecho da matéria do UOL: "A estrutura do local (provisória e desmontável) é toda ruim. Já seis pessoas se machucaram com boladas pela falta de um alambrado de proteção. O curioso é que a música-tema do filme "Tubarão" toca no sistema de som do estádio, dando um clima de terror para os espectadores."
Medalha de bronze: Graças a Deus acabaram as provas da ginástica porque assim não terei que suportar mais os comentários da Andréa João, que até entende do assunto, mas tem uma voz bizonha e é completamente histérica: (modo voz de criança on) "Ppaaaaaaaaarrrrrrrrrrrrrrraaaaaaaaaaaaabbbbbbbbbbbééééénnnnnnns, Diego. Isso: você acertou o exercício!"(modo voz de criança off). A mãe dele não faria melhor.
Menções honrosas ainda para a seleção argentina de futebol no Pan, para o ciclismo de pista brasileiro, para o técnico da Natália Falavigna que colocou a culpa da perda (justa) do ouro na arbitragem, para o "aumento" oportunista dos salários do pessoal do taekwondo, o defeito na máquina da fossa olímpica, o cubano desertor que gastou 600 reais para ir de táxi do Rio até São Paulo (pelo menos matou a minha curiosidade de saber quanto custa uma corrida entre as duas cidades) e o hóquei sobre a grama nacional (eu não resisti e fiz até uma nota engraçadinha)
Palmas para quem merece: clubes como Pinheiros, Minas, Sogipa, etc. que se esforçam para manter o alto nível dos "esportes amadores" em tempos que não há nenhuma competição "importante" (leia-se Olimpíadas e Pan) . Também merecem elogios os bons profissionais que fazem um trabalho decente em suas respectivas modalidades, caso da ginástica, natação, vôlei... e, claro, a alguns atletas que se superam em meio a confederações completamente desorganizadas.
Que ninguém, entretanto, se iluda: no Pan de Santo Domingo-2003, ganhamos 122 medalhas (28 de ouro, 40 de prata e 54 de bronze). Um ano depois, nas Olimpíadas de Atenas, este número caiu para dez (quatro de ouro, três de prata e três de bronze).
Agora, vamos às melhores pataquadas dos últimos dois dias:
Medalha de ouro: Apesar de o Thiago Pereira ser um excelente atleta, estou quase começando a torcer contra ele. Isso porque eu aguento mais a Globo entrevistando a dona Rose, a mãe do Thiago. E isso gera uma série de comentários, no mínimo, imbecis. Quando ele ganhou o primeiro ouro, nos 400m medley, a emissora trouxe a mulher para a cabine de imprensa onde estava o Cléber Machado. Visivelmente constrangido, ele acabou fazendo perguntas como: "A senhora estava torcendo para quem na prova?". Depois, já na zona mista, o repórter da Vênus Platinada me fala para um Thiago já apressado porque tinha outra prova em seguida: "A sua mãe disse que você é lindo!". Juro.
Medalha de prata: Para a belíssima e bem feita sede do beisebol. Afinal, o que é uma laminha aqui, uma falta de iluminação ali, um placar que nao funciona acolá... e umas boladas em seis torcedores porque o estádio não tem alambrado de proteção? Aliás, excelente trecho da matéria do UOL: "A estrutura do local (provisória e desmontável) é toda ruim. Já seis pessoas se machucaram com boladas pela falta de um alambrado de proteção. O curioso é que a música-tema do filme "Tubarão" toca no sistema de som do estádio, dando um clima de terror para os espectadores."
Medalha de bronze: Graças a Deus acabaram as provas da ginástica porque assim não terei que suportar mais os comentários da Andréa João, que até entende do assunto, mas tem uma voz bizonha e é completamente histérica: (modo voz de criança on) "Ppaaaaaaaaarrrrrrrrrrrrrrraaaaaaaaaaaaabbbbbbbbbbbééééénnnnnnns, Diego. Isso: você acertou o exercício!"(modo voz de criança off). A mãe dele não faria melhor.
Menções honrosas ainda para a seleção argentina de futebol no Pan, para o ciclismo de pista brasileiro, para o técnico da Natália Falavigna que colocou a culpa da perda (justa) do ouro na arbitragem, para o "aumento" oportunista dos salários do pessoal do taekwondo, o defeito na máquina da fossa olímpica, o cubano desertor que gastou 600 reais para ir de táxi do Rio até São Paulo (pelo menos matou a minha curiosidade de saber quanto custa uma corrida entre as duas cidades) e o hóquei sobre a grama nacional (eu não resisti e fiz até uma nota engraçadinha)
Um comentário:
Ah, Carol... O Cléber Machado só quis fazer uma gracinha pra ser simpático!
Admito que só consegui ler a nota do hóquei sobre grama aqui em casa. E que estou pensando de verdade na possibilidade de tentar uma vaga no Pan de 2011!
Postar um comentário