27 de julho de 2007

Marta é ídolo! (Pan, dia XIV)

Se teve um jogo no Pan onde eu gostaria de estar nas arquibancas torcendo para o Brasil foi nesta quinta, no futebol feminino. Tratava-de da oportunidade ideal para eu conhecer o Maracanã: um jogo histórico (pelo menos para as menians era, apesar de o Pan não ser lá grande coisa), com estádio lotado, transmissão ao vivo em três TVs, uma bela goleada sobre as maiores rivais e um show da estrela do time. Nem o Galvão Bueno e o Noronha estavam tão ruins...e ainda teve a fantástica presença do Beijoqueiro!

Quem, há um mês atrás, imaginava um Maracanã lotado e com torcida empolgada para futebol entre mulheres (que, sejamos honestos, estão muito longe de serem bonitas)?. Posso estar entrando no campo do saudosismo, mas vendo pela TV imaginei que o clima no estádio ontem devia ser o mesmo dos tempos em que a seleção brasileira não tinha jogadores babacas que depois de passar dois anos em Portugal voltam falando com o sotaque de lá.

Infelizmente, o problema do futebol feminino no Brasil é ser dirigido pela mesma confederação dos homens. Sem nem entrar no mérito da competência e honestidade da CBF, mas só o simples fato de o futebol masculino ter uma dimensão imcomparável com qualquer outra modalidade no mundo é motivo para as mulheres serem administradas por outra entidade. Bom, eu aposto que as jogadoras da seleção brasileira serão lembradas até Pequim-2008, que já estão bem perto... depois, cairão mais uma vez no limbo do esquecimento. Que ao menos aproveitem para arrumar um bom contrato com um clube do exterior.

Apesar disso, não desisto da minha campanha para o Palmeiras contratar a Marta! Ela é melhor que muito marmanjo por aí...

Vamos às pataquadas desta quinta-feira, o primeiro dia provavelmente da história da humanidade em que o Brasil superou Cuba em um quadro de medalhas. Pedala, Fidel!

Medalha de ouro: Baloubet, a revanche!
Quem acompanha esporte não se esquecerá jamais da maldita refugada do cavalo do Rodrigo Pessoa, o Baloubet du Rouet, nas Olimpíadas de Sidney. Era a última chance de o Brasil conquistar uma mísera medalha de ouro na competição, o brasileiro era favorito, mas ... o pangaré simplesmente resolveu que não iria pular um obstáculo, protagonizando uma das maiores pataquadas do deporto verde-amarelo.

Pois bem, passado o trauma, vivemos uma situação parecida no Pan do Rio: a equipe brasileira é favorita a ganhar uma medalha na prova de hipismo. O time está indo bem, mas ontem, o cavalo de César Almeida, deniminado Singular Joter II, também refugou em um dos últimos obstáculos. Bom, pelo menos o resultado pôde ser descartado e o prejuízo não foi tão grande assim...

Também merece menção honrosa o nome do cavalo do Bernardo Alves: Chupa Chup 2 (!) e o fato da coitada da amazona das Bermudas ou Bahamas, sei lá, ter que correr atrás de seu cavalo revoltado que, além de a ter derrubado, continuou a trotar no percurso...

Medalha de prata: Marcos Daniel e o tênis brasileiro masculino
Em um torneio como o do Pan, composto quase que só por amadores ou atleta mal ranqueado, o tênis nacional ainda consegue fazer feio. Dos três atletas do Brasil, apenas um, Flávio Saretta chegou às semifinais. E claro que não podia faltar a amarelada da modalidade: o gaúcho Marcos Daniel (que quem diria, um dia foi possuído por espíritos e chegou a jogar de igual para igual com o Federer) precisava vencer apenas um game (tinha 1 a 0 no jogo e 5 a 3 na segunda etapa) para eliminar o
argentino Eduardo Schwank (quem?) e conseguiu perder o jogo. Lamentável.

Medalha de bronze: barrigada nos saltos ornamentais
Ontem eu pude ver o que aconteceria se eu disputasse uma prova de saltos ornamentais. Cotado para ficar com uma medalha, o canadense Reuben Ross fez um salto bizarro e deu a famosa "barrigada" na piscina do Maria Lenk. Sensacional. Resultado? Tomou zero de todos os juízes e foi o único eliminado na fase classificatória.

E só porque estou boazinha hoje também vou citar a bonita atitude da torcida que acompanhava as provas da ginástica rítmica nesta quinta. Líder da classificação geral, a canadense
Alexandra Orlando ia muito bem na disputa individual geral, sendo bastante superior às adversárias. O problema é que na prova das fitas seu aparelho quebrou e ela tomou zero de todos os juízes. O público então aplaudiu a garota e pediu uma nova chance, mas como o regulamento não permite isso, ela foi eliminada mesmo.


2 comentários:

Anônimo disse...

Marta para São Paulo já!!!

Calma, calma, não estranha, não... Tô falando da Marta legal, a camisa 10, não a do "relaxa e goza". E tô falando do glorioso São Paulo Futebol Clube, tricampeão do mundo, e não da nossa caótica megalópole.

;)

Unknown disse...

Parece que no final, as verdades
sobre o Pan vão se realizando através
das palpitadas de Carolina Maria Canossa...

Afinal:
"Não é que o Pan é um antro de atletas fraquinhos mesmo!!!"