As primeiras pataquadas (Pan, dia II)
E finalmente começou o Pan (não, eu não considero aquele jogo no meio da roça e com cara de RockGol como o início do Rio 2007). E com ele as primeiras pataquadas da organização e dos atletas. Vamos às três melhores do dia:
Medalha de ouro: Eu, ganhei?! Como assim?
E a melhor pataquada do dia veio logo de manhã, na prova masculina de maratonas aquáticas. Não é que a toda poderosa Globo e o Co-Ro (no site oficial) anunciaram o venezuelano Ricardo Monastério com o vencedor? Só que quem ficou com o ouro, na verdade, foi o norte-americano Fran Crippen. O atleta da terra do Hugo Chavez foi só o quarto colocado. Como um cara que iria subir ao ponto mais alto do pódio não pega nem medalha? Boa pergunta. Será que o Bush teve que intervir?
Medalha de prata: Gabriel "El Pollo" Mercedes
Trata-se da cena mais engraçada que eu vi em competições nos últimos tempos. O dominicano Gabriel Mercedes tinha uma boa vantagem contra o brasileiro Marcio Wenceslau em uma das finais do taekwondo. Porém, o atleta tupiniquim bravamente foi tirando a vantagem do caribenho até que faltando dez segundos pro fim da luta resolveu partir com tudo para cima do adversário. E não é que Mercedes correu como um "pollo"? Tsc, tsc, tsc..feio, muito feio.
Medalha de bronze: o jogo só acaba quando termina, viu?
Com a experiência de quem ajudou a fazer o conteúdo de um site sobre o Pan, posso afirmar que a Confederação Brasileira de Levantamento de Peso é uma das mais desorganizadas do país. Mesmo assim, tudo caminhava para o esporte ganhar uma medalha de prata. Porém, o verbo ficou no passado mesmo: caminhava. Depois de conseguir uma marca inédita em sua carreira, Aline Campeiro começou a pular em comemoração e acabou rompendo o ligamento do joelho. Consequentemente caiu fora da competição e ficou sem medalha.
Menção honrosa ainda para a bagunça no Morro do Outeiro (sim, um "morro" também é sede do Pan), o cancelamento de jogos de beisebol por causa da iluminação deficiente, a prova do remo que não ia rolar, mas acabou fondo, além da bizarra idéia da assessoria de imprensa do Pan em limitar a quantidade de credenciais para a maratona aquática pegando todos em cima da hora, mas abandonada poucas horas depois. E, claro, não poderia faltar a série de trocadilhos infames provocados pela seleção do Peru. Como diria Tande, no início do jogo da seleção feminina de vôlei: "O Peru vem com uma formação diferente para cima das brasileiras". Ui.
Um comentário:
Mas justiça seja feita ao "pollo" dominicano no tae kwon do. O cara foi muito mais agressivo que o brasileiro durante a maior parte da luta.
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