8 de junho de 2009

As pessoas do menor estado da federação (um guia de viagem)

Esse texto já estava guardado nos rascunhos do meu GMail há um tempão, mas eu sempre esquecia de postar. Anyway, acho que ainda serve (não é possível que Sergipe tenha mudado tanto em dois meses), desde que se ignore o fato de eu já ter voltado de lá há um tempãããão...

Ah, também resolvi dividi-lo porque a primeira versão estava gigantesca. Enfim, mais capítulos nos próximos dias.

Quer ir para um lugar realmente calmo em suas férias? Uma praia do Nordeste sem o insuportável e constante fundo musical de axé? Bem vindo ao Sergipe!

Fato: os aracajuanos ainda não acordaram muito para o turismo, o que torna um pouco complicada a missão de comprar uma lembrancinha em, por exemplo, um domingo à tarde - contou a guia que, certa vez, perguntou a um comerciante local se ele abriria no final de semana, pois ela estaria com um grupo de turistas na cidade. E ele respondeu: "Olhe, vai depender do meu humor". Melhor clima de "fodam-se, turistas", impossível.

Porém, em minha opinião, este estilo é até uma vantagem. Na capital do Sergipe, não há aquele clima de Salvador, no qual as pessoas, se puderem, respiram pelo turista, cantam para o turista, espirram pelo turista... e acabam criando situações em que ninguém ficada à vontade e a simpatia (fake) se torna constrangedora, com um único objetivo: te tirar o maior número de reais possível.

Traduzindo: o povo sergipano é muito solicíto, mas sem jamais ser servil. Gostam bastante de conversar e são educadíssimos: a limpeza da cidade prova que essa não é apenas uma característica para turista ver. Cidade que, aliás, surpreendeu a muitos ao ser declarada, em abril do ano passado, a "capital de melhor qualidade de vida do país" (sabia disso, nhei, nhei?).

Tenho por mim que isso se deve ao fato de Aracaju ser uma cidade pequena, com pouco mais de 500 mil habitantes - o estado inteiro, aliás, fica na faixa dos 2 milhões, o que traz uma sensação de lugar desabitado. Não é raro você andar, andar e andar e encontrar pouca gente pelo caminho, mesmo no sábado à noite. "Onde estão as pessoas deste lugar?", você pensa, já no aeroporto. E pensa de novo, a caminho do hotel. E mais uma vez, quando vai passear. Aliás, só não pensa nisso quando está no terminal central de ônibus, espécie de Estação Sé aracajuana.

Reza a lenda que umas estátuas de bronze espalhadas pela cidade na verdade não servem para homenagear ninguém, mas sim para fazer o turista se sentir menos solitário...

7 comentários:

Anônimo disse...

Bom pelo menos voce descansou desse " mar de gente hiper nervosa que é São Paulo" e com a vantagem de ter paisagens lindas sem os famosos rostos estraga fotos. Ja estamos com saudades dessa palmerense "guerreira". Vem passear logo aqui, tá?
Um super beijo.
Tchau!
De Vera Lucia sua prima são paulina

Fábio disse...

Morrendo de vontade de conhecer Aracaju - parte II.

Renato Telles disse...

Vc comprou qtos quilos de castanha de caju?

Fábio disse...

Por que o Muricy não vai para Aracaju, hein?

FORA, MURICY!
FORA, MURICY!
FORA, MURICY!

Pronto, falei. E, sim, eu aceito uma troca pelo Luxemburgo, antes que você me pergunte, Carol. ;)

Carolina Maria, a Canossa disse...

Fabio - Como vc corneta o cara. Se tivesse um Luxa, com 200 mil/mensais a mais de salário, o ego daquele tamanho e um Paulistinha em 2 anos, ia ver o que era bom...

Fábio disse...

Caiu, Carol! O Luxa caiu! Pode soltar a corneta e festejar aí! ;)

Tomara que o Muricy assuma o Palmeiras. Aí vocês vão ver o que é bom, viu? Hahahahaha!

Mas, no custo-benefício, concordo que o Luxemburgo não valia mesmo a pena. 500 mil para um Paulistinha é um pouco demais, né?

Carolina Maria, a Canossa disse...

Fábio - Se "ver o que é bom" significa ser três vezes campeão brasileiro, eu tô nessa. Mal posso aguardar o Muricy.