Amarelo de ouro
Como já disse Fábio Seixas, da Folha, sumiços no blog significam ou que o dono está de férias ou que ele está trabalhando mais que remandor viking. Obviamente, o meu caso é o segundo.
Hoje eu trabalhei igual a uma presidiária na Sibéria durante o regime Stalin. Mas acho que nunca fiz uma nota com tanto gosto como esta aqui. Antes mesmo do jogo, ela já estava quase que totalmente preparada. Não, não foi nem uma questão de petulância, mas sim a consciência de que eu não conseguiria escrever muitas linhas decentes durante a final.
Olha, se eu não enfartei hoje, eu não enfarto nunca mais. Nunca pensei que um jogo de vôlei seria aquele que me deixaria mais feliz na vida. Doze horas depois do início da partida contra os Estados Unidos, eu ainda estou pilhada, revendo os VTs na TV a cabo. Quase chorei quando a Tom jogou aquela bola para fora.
Nos últimos quatro anos, eu fui uma daquelas que fiquei com extremo ódio das falhas nos momentos decisivos. Mas, a partir do momento em que fui trabalhar diretamente com vôlei na GE.Net, mais ou menos em 2005, e passei a acompanhar mais de perto a trajetória dessas jogadoras e do Zé Roberto.
Foram alguns desembarques complicados, muitos desabafos e um certo sentimento de admiração por tudo o que elas foram simplesmente massacradas nos últimos anos. Por isso, que hoje foi uma das poucas vezes em que eu mais torci do que trabalhei. Porque é muito bom ver uma conquista obtida através do merecimento.
OBS: Antes que o Fábio brigue comigo, digo que eu não me esqueci da Maurren. Sim, também acho uma história super bacana de superação e tal e depois de ler isso realmente acredito que ela não tenha se dopado de propósito. Mas eu realmente não fico tãããão empolgada assim com o ouro dela, até porque sempre a achei levemente mala (instável, na verdade: tem dia que está super legal e em outros uma tosca de marca maior). E o pior é que depois da conquista, ela ficou agradecendo o Galvão...
4 comentários:
Eu JURO que, logo depois que li a nota do jogo da GE, tive CERTEZA de que tinha sido você quem escreveu.
Elas mereceram, né? E ele também, que é um cara sensacional!
Ah, mas você também devia falar um pouco do bronze da Natália Falavigna, oras!
Ah, Nati...
:-D
Eu diria que a Maurren não é mala. Diria que ela é bipolar. E aí não há clostebol que salve.
Belo texto na G.E!
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