20 de abril de 2008

E a justiça foi feita...

Confesso que há alguns meses não tinha um dia esportivo tão satisfatório. Primeiro, o Zé Roberto Guimarães não convoca a Venturini, apenas confirmando esta nota aqui - com o brinde de também ter chamado a Mari e a Valeskinha, conforme foi escrito nesta notícia (na verdade, não coloquei a Valeskinha porque foi apenas uma impressão, sem nenhuma fonte que me garantisse). Para melhorar, em um bom trabalho em conjunto com a Marta, ainda falamos com ele depois do anúncio.

A Venturini é uma puta levantadora, talvez a melhor do mundo até hoje. Também não tenho nada contra ela: tive três experiências de entrevista com a figura, uma péssima, outra ótima e a restante que não fedeu nem cheirou. Mas pessoalmente acho que o Zé está certo: critérios são critérios e não seria nem um pouco junto alguém chegar às vésperas da competição mais importante dos últimos quatro anos e querer participar apenas baseando-se em seu passado.

Se ainda tivesse jogado este ano, é outra história, mas quando perguntei a ela o porquê de não ter voltado nesta temporada, a resposta foi: "Não estava com vontade. Recebi propostas da Itália, mas minha filha está trocando de escola e eu queria acompanhar todo esse processo. Mas isso não é o mais importante". Então, tá. Se bem que essa frase só dá mais sentido a uma história sobre a volta que me contaram, mas infelizmente não posso publicar (ainda?) por falta de provas.

Horas depois, o futebol. Um Parque Antártica lindo, com a torcida apoiando o tempo todo - quem acompanhou pela Globo viu até a Denise Fraga gritando no meio da torcida como se fosse da Mancha Verde. Logo no primeiro tempo, o gol em um erro patético do Rogério Ceni, um goleiro que eu sempre disse ser limitado, mas inteligente ao ponto de ter consciência disso e aprendido a ser líder, além de bater faltas e pênaltis para compensar.

Depois, apesar de alguns sustos e irritação ao extremo com pelo menos três chances claras perdidas pelo Palmeiras para fazer o segundo gol (sem contar a péssima mania que o São Paulo tem de reclamar de absolutamente tudo), o gol do Valdívia. Como maus perdedores, os são-paulinos tentaram ludibriar a arbitragem alegando um impedimento inexistente.

Como não conseguiram, partiram para a falta de profissionalismo e o Ceni foi dar um tapa na cara do Valdívia (de leve, mas foi tapa). É certo que o Palestra também foi meio várzea, com a falta de luz no final e a história do gás de pimenta - a qual, aviso, ainda não vou falar muito porque depois da palhaçada do Bosco no ano passado, é sempre bom duvidar do time da Vila Sônia. Aliás sorte da Dona Maria Elisa e do Paulo César de Oliveira que a incompetência deles no gol de mão do Adriano acabou não alterando o resultado final...

4 comentários:

Anônimo disse...

O Zé Roberto mandou muito bem ao não chamar a Venturini - que jogou muito mesmo, mas foi bem sem-noção por quase se oferecer, a esta altura do campeonato, a disputar as Olimpíadas. Só espero que não joguem nas costas dele (Zé) se as meninas não forem tão bem em Pequim ou se perderem alguma outra partida decisiva...

Sobre o clássico: parabéns a você, a todos os palmeirenses e ao time do Palmeiras, que é melhor e merece o título de 2008. Nenhuma surpresa com o resultado.

A nota lamentável, como você mesma disse, é o ambiente varzeano do Palestra... Definitivamente, vocês não precisavam disso, né?

Anônimo disse...

Ah, só mais uma coisa: o Rogério falhou feio mesmo no gol do Léo Lima. Mas tem crédito, muito crédito: um cara que fez o que ele fez na final do Mundial contra o Liverpool (entre tantos e tantos e tantos e tantos e tantos outros jogos importantes) pode falhar assim por mais uns 40 anos. Tem crédito absoluto e autoridade de maior ídolo da história do São Paulo.

:)

PS: E o Marcão tá jogando muito de novo, né? Parabéns a ele.

Felipe Held disse...

Ganhamos, Carol, ganhamos! E mesmo descumprindo o pacto da redação de não fazermos a barba durante as quatro semanas da fase final!

Mas não tem como negar: ver o Rogério primeiro caindo de maduro no gol do Léo Lima e depois perdendo a pose com o Valdívia foi sensacional, mesmo.

Quanto à seleção feminina de vôlei, nada mais justo. Mas tenho a sensação de que as meninas do Brasil ainda vão proporcionar alguns outros posts por aqui. Ano olímpico, ano olímpico!

Beeijo

Carolina Maria, a Canossa disse...

Fábio, um são-paulino coerente. (Será isto possível?). Felipe, um cara legal.