Quer sacanear, Deus? Então joga logo um raio!
“Não há almoços grátis”, diz um velho ditado norte-americano.
E é claro que os céus iriam me cobrar com juros e correção monetária a semana de felicidade que eu descrevi abaixo.
Pois bem. Na função de “setorista” de vôlei, eu estava escalada há alguns bons dias para fazer a pauta mais legal desta semana: entrevistar o Bernardinho, que nesta quinta estará
Até aí tudo bem. Pessoas dotadas de grande sensatez planejariam o que a minha chefia planejou: como São Bernardo (vulgo onde eu moro) é o meio do caminho entre Santos e São Paulo (vulgo onde eu trabalho) e a pauta, sem muita previsão de término, é de noite, nada mais natural que o motorista da GE fazer um pequeno desvio de dez minutos e um terço de litro de gasolina para me deixar em casa, local em que eu publicaria a nota, já que (pombas!) eu trabalho em um site.
O problema é que o setor de transportes daquele lugar é regido por um mantra: “Burocracia! Burocracia!”. Ou seja: eles simplesmente se recusaram a me deixar em casa, visto que estagiário não pode ter essa mordomia (!) e nem era tão tarde para se deixar ninguém
Enfim, resolveram não arriscar meu pescoço e colocaram o Felipe para fazer a pauta. Pelo menos ele é competente.
Mas isso é só o começo. Esta semana é a entrega dos brindes de Natal da Fundação. E só esta semana. Repare: justamente na semana em que meus pais estão fora do Estado de São Paulo e eu não tenho carona para cá. Ou seja: teria que me virar para trazer as duas cestas e o peru no ônibus. Já prevendo isto, puta da vida por ter perdido a pauta legal, e com o objetivo de minimizar a fadiga, resolvi deixar uma das cestas na redação para levar depois e trazer a outra hoje. Não era pesada, mas era volumosa.
Sempre com a mentalidade de evitar a fadiga, peguei uma puta fila no ônibus, de maneira a ir sentada. Quinze minutos depois, eu finalmente consigo me acomodar em um banco segurando a maldita cesta.
Não deu outra: bastou dois pontos para o ônibus quebrar e todo mundo (e olha que tinha muita gente) ter que descer.
Ainda com pensamento de evitar a fadiga, esperei os apressadinhos embarcarem nos dois ônibus seguintes, que foram absolutamente lotado. Só no terceiro consegui me acomodar com a minha maldita caixa. Obviamente não consegui sentar de novo, mas uma moça simpática e que estava sentada se ofereceu para carregar o meu brinde de Natal.
Tudo seguia bem, quando dez minutos depois, o ônibus morreu do nada. O motorista conseguiu ressuscitá-lo, mas mal andou dois quilômetros e ele (o ônibus) morreu em definitivo.
Inacreditável: em cerca de 25 minutos, dois ônibus em que eu estava quebraram! E justo quando eu carregava uma cesta de Natal, o que me consolaria no dia em que eu perdi a pauta mais legal da semana por burocracia.
(Detalhe sórdido: São Paulo/São Bernardo vive uma linda noite de chuva)
Fiz o restante do trajeto pensando que alguém ainda ia me roubar a cesta ou me prédio estaria com um avião encravado. Cheguei em casa com cara de louca e molhada (já que resolvi ligar o foda-se e não abrir o guarda-chuva). A cesta idem.
Por via das dúvidas, já liguei para minha mãe em Salvador e mandei ela levar uma foto minha na benzedeira. Só pode ser encosto.
6 comentários:
Que saudade das cestas de Natal da Fundação... E que aventura a sua, hein, mulher?
:)
Sua mãe está em Salvador? Ô, beleza! Mande o meu beijo a ela, viu?
Oi, Carol. Aqui é Amanda, amiga do Fábio e tudo o mais. Vez ou outra leio o seu blog, nunca tinha comentado, mas agora não me contive: como a Fundação Cásper Líbero é RIDÍCULA!!!!
Em um passado distante, já cheguei a perder pauta porque no fim de semana o tráfego só tem carro suficiente para as saídas previamente marcadas. Ou seja: se o Pelé morrer de repente, esqueça (bom, você sabe disso melhor do que eu...).
Ufa. Pronto. Falei.
Tente pensar assim: a chuva, os ônibus... São um dia ruim!
Agora, os motoristas da fundação, não; estes, sim, estão sempre mais preocupados em fazerem piadas no underground, enquanto SG canta seu mantra: burocracia, burocracia...
Veja pelo lado bom, Carol: passou! Agora eu, que adquiri a sua urucubaca, mal sei o que tenho pela frente.
Isso sem falar que o carro da frota nova era bastante desconfortável e nem deu pra dormir na minha viagem relâmpago pra Baixada.
Oi Carol. Como que vão as coisas? Espero que sigam bem. Terminou a facu, tudo pronto pra encerrar essa vida sofrida de estagiaria e passar a mandar no Felipe? hehehe (manda um abraço pra ele tbm). Passei uns dias ai no Brasil, acho que o Nara comentou, mas mal deu pra ver todo mundo. Espero que em 2008 eu consiga um tempo maior e passe ai para te ver na Paulista (isso se vc não estiver em Pequim!) Continue mandando bala, menina! Um beijão e saudades.
Obrigado por Blog intiresny
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