9 de outubro de 2007

Mais uma bizarrice do ônibus

Que eu fui morar em uns lados com grande densidade de gente bizarra, já tinha percebido faz tempo. Que essas pessoas costumam pegar a mesma linha de ônbus que eu também não é difícil perceber. Impressionante é como algumas coisas ainda conseguem me surpreender neste tróleibus.

Estava eu voltando para casa agora à noite. Quando o ônibus parou no Terminal Diadema, entrou um cara de uns 25 anos e sentou-se naquele degrau da porta. Uma pessoa que olhando de relance parecia ser absolutamente normal, apesar de um leve cheiro de álcool. Um pouco mal vestido, mas não aparentava estar bêbado nem nada.

Antes que o motorista pudesse arancar, veio correndo uma tiazinha, que lembrava a Benedita da Silva (nossa, essa eu desenterrei) com os cabelos soltos. A analogia é para deixar bem claro que a mulher não fazia nem de longe o tipo "bonitinha e gostosinha" e estava muito longe de despertar desejos sexuais. Voltando à cena, ela conseguiu adentrar o ônibus, mas o carinha que estava sentado na porta nem se mexeu, obrigando umas 5 pessoas a ficarem espremidas em um canto.

Como ele estava sentado, a cintura da mulher ficava mais ou menos na altura dos olhos desse cara. Segundos depois, ele cutuca a clone da Benê e solta essa, como se fosse a coisa mais natural do mundo:

- Ó, sua braguilha está aberta! (apontando para a braguilha da saia jeans de crente dela)

Absolutamente envergonha, ela ainda tenta disfarçar. Diz um "obrigado" bem baixinho e começa a olhar para os lados, de forma que ninguém visse ela fechando a braguilha. Porém, o homem não se contentou com a demora e voltou a dizer:

- Ó, sua braguilha está aberta! (apontando para a braguilha da saia jeans de crente dela)

Mais envergonhada ainda, ela tenta difarçar novamente. Desta vez, o "obrigado" foi substituído por um olhar de ódio. A esta altura, eu já fazia todo o esforço do mundo para não dar uma megagargalhada no meio do transporte coletivo. Quando isso acontece, tento tossir para disfarçar o sorriso, com o cuidado de não atrair a macumba.

Antes que a mulher pudesse finalmente subir o zíper, o cara aponta ainda mais perto da saia jens de crente dela e diz:

- Quer que eu feche para você?

Mantendo a classe, ela ainda negou mais uma vez, mas deixando claro que se pudesse daria a ele uma morte lenta e dolorosa ali mesmo. E, com umas sacolas na mão, finalmente teve tempo para disfarçar e subir o maldito zíper. Insistente, o cara ainda quis puxar assunto, perguntando se ela morava em Diadema, se tinha filho, ao mesmo tempo em que contava que ia até a divisa de Diadema, etc. Sem aguentar mais a stuação, a mulher deu sinal e sem olhar na cara dele, desceu no primeiro ponto que viu. Tem horas que é melhor mesmo perder os R$2,30 de uma nova passagem.

2 comentários:

Anônimo disse...

Hahahahahaha! Nossa, que péssimo... E que sujeito chato, pelamordeDeus!

Ah, e vá dizer que a Benedita da Silva não desperta desejos sexuais para o Antônio Pitanga...

:)

Thá disse...

Hahahahahahahahaha! SENSACIONAL!
Mas não fica triste não, Carol, não é só por aí que tem gente esquisita não!

beijos