29 de julho de 2007

As últimas pataquadas do Rio 2007

(Mario Vasquez Raña, presidente da Odepa. Também conhecido como mistura de Cláudio Arantes, Carlos Costa e Seo Barriga/Crédito: EFE)

("Viva essa energia" on)

Para tristeza deste blog, encerrou-se neste domingo os Jogos Pan-americanos. Agora teremos que torcer pela insanidade do Comitê Olimpíco Internacional, de forma o Rio de Janeiro receber as Olimpíadas de 2016 e eu poder observar tão de perto tantas pataquadas ao mesmo tempo.

Mas, antes de começar a cantar "Boa Noite Vizinhaça" ("Prometeeermos despedirmos sem dizer adeeeuuuus jamais/ Pois haveremos de reunirmos, muitas veeeeeezzzzeeeeeeeeeeeeeeees mais"), já de olho no Pan do México, vamos às últimas pataquadas do Pan 2007:

Medalha de ouro: Roubo até o final
O Pan acabou e eu ainda não me conformo com o fato de o Brasil ser o único país do mundo que aceita ser roubado em casa. Além dos dois absurdos do judô, tivemos que aturar a desclassificação estranha dos representantes nacionais na classe hobie cat 16 da vela. Só fica uma pergunta: se o barco deles estava errado, por que passou na inspeção da organização?Outra coisa: por que a desclassificação veio logo depois que foi confirmado a medalha de ouro deles e não durante o campeonato? É o Brasil-il-il!

Medalha de prata: Fernanda Abreu e "Me dá um dinheiro aí"
De duas uma: ou eu surtei durante a festa de encerramento do Pan ou eu ouvi os organizadores tirarem um sarro da nossa cara durante o evento, colocando a Fernanda Abreu (socorro!) para cantar: "Ei, você aí, me dá um dinheiro aí!". Pensando bem, resume bem o que foi a organização do Rio 2007.

Aliás, ainda sobre a festa de encerramento, sensacional o pessoal no Maracanã de novo falar "Oiiiiiiiii" para o presidente da Odepa. E de novo a vaia para o Lula (in memorian, no caso). Ponto alto do Pan, sem dúvida.

Medalha de bronze: A final que não houve
Essa já era de se esperar: falta de organização + brejo + tempo cagado no Rio de Janeiro = uma final que não aconteceu!

E ainda dizem que este foi o melhor Pan da história. Ou não.

Menções honrosas entre as pataquadas para o caiaque brasileiro que literalmente virou (sinal?), para o Vanderlei Cordeiro de Lima, que fica semanas treinando na Colômbia, elogia o Lula, mas não foi brasileiro, desistiu e sequer completou a maratona no Rio, para o chileno Adrian Garcia, que conseguiu tomar virada do Saretta (!) na final do tênis, para o André Domingos, que com a vitória brasileira no revezamento 4x100m deu um berro ("aaaaaahhhhhhhhh") não exatamente másculo ao vivo na SporTv e, claro, para a (quase) deserção em massa (ou não) de Cuba.

Agradeço também ao André pela folha de sufite com os dizeres "EU JÁ SABIA!", que ainda será bastante utilizada com o desporto tupiniquim...

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O Canossa no Pan volta em 2011, torcendo pela presença de Roberto Bolaños e professorinha Helena (o mesmo não se aplica à Thalia e aos Rebeldes) na festa de abertura do Pan de Guadalajara, que promete ser o mais brega da história. Arriba!

E, claro, apoiando a idéia de Rafael Lusitano, vamos trabalhar por Governador Valadares-2019 (que será precurssor de São Bernardo-2027)!

("Viva essa energia" off)

3 comentários:

Anônimo disse...

Medalha de ouro para este blog, que fez a melhor cobertura do Pan, disparado! Parabéns, Carol! :)

E parabéns a todos nós, que, de alguma forma, chegamos vivos até o fim desse Pandemônio. Acabou!!!

E o "Ooooooooi" irônico do público no Maraca foi sensacional mesmo. A vaia "in memorian" também - e o melhor é que, desta vez, também vaiaram o César Maia!

Enfim, que venha Guadalajara. Ainda bem que faltam quatro longos anos... ;)

Yuri disse...

Afinal, o que seria do jornalismo de moda se todo mundo só gostasse de esporte, não é mesmo?

Thiago disse...

"Mario Vasquez Raña, presidente da Odepa. Também conhecido como mistura de Cláudio Arantes, Carlos Costa e Seo Barriga". Como eu não pensei nisso antes? Genial.

E - graças! - o Pan praticamente acabou. Ainda tem o Parapan...